La vuelta del Brega. Dudu Belém. Sim ou Não.

     Tempos atrás eu pesquisava e postava canções e artistas bregas. O crème de la crème. "Modélstia a parte", sou pós-graduado no assunto. Depois cansei um pouco e dei um tempo. Mas agora deu saudade e volto ao tema. Quem gosta de um bom brega não fica distante por muito tempo. 

 

Luíza Britto. Rio, de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli

    Mando isso como uma homenagem minha à cidade e ao Estado do Rio de Janeiro, vítimas de politicalhas infames. Hoje o governador do Rio entrou em cana por maracutaias. Meu Deus, o segundo governador, não, péra, o terceiro governador a entrar em cana, rapá. Justa ou não a prisão, a situação é incômoda. A cidade não merece.

    A bonita Luíza Britto é baiana, sim, baiana, soteropolitana de Salvador. Afinadíssima. Sou do tipo e do tempo que ainda valoriza afinação. Fiquei encantado. O violão que acompanha Luíza é de Jana Vasconcelos. Rio, de Bôscoli e Menescal, pode ser muito Zona Sul, mimimi de bossa nova que não encanta a todos, mas eu gosto e não se pode negar que o espírito da cidade está nesta canção imortal. Pois é, saudade do Rio que sorria de tudo.

 

     Pra quem sabe, isso é dispensável, mas tem quem não sabe e então é o seguinte: a chamada Zona Sul do Rio é a parte da cidade próxima à orla, que vai do Leme-Copacabana até o fim do Leblon, com as extensões mais atuais até São Conrado. É a região que tem a paisagem por onde a cidade é mais conhecida. Mas não é nem a metade dela. 

1ª Festival de Samba de Campinas.

     Minha cidade, Campinas, é grande, segunda população eleitoral de São Paulo, polo científico e econômico com velocidade e tamanho maiores do que muitas capitais do país. Mas, devido, acho, à proximidade com a capital de seu próprio Estado, a gigante cosmopolita São Paulo, Campinas nunca teve experiências culturais muito significativas. A noite e a boemia sempre foram sonsas, mais para fracas do que para efervescentes. Vale, então, e bastante, difundir esta iniciativa, que é bacana. Foram anunciados os finalistas. Não conheço o padrão. Se der, vou conferir. Dia 4 de dezembro no Tonico's Boteco, em frente à estátua do Carlos Gomes, o "Tonico de Campinas".



Trio Gato com Fome Mudo.

     O trio Gato com Fome, ilustre representante do samba paulista, fez este vídeo comédia faz alguns meses. Vale lembrar que o fundo musical é a conhecida Na Cadência do Samba (Que Bonito É), com a Orquestra de Waldir Calmon, famosa como trilha sonora dos antigos e fantásticos filmes do Canal 100, de Carlos Niemeyer, com a velocidade um pouquinho alterada para a frente. Diria meu tio que gosta de fazer churrasco: rachei o bico de dar risada.



     E veja o site oficial deles com informações sobre o trabalho mais ou menos sério que eles realizam. Samba paulista de primeira. Gafieira, breque, etc. Lindão.

Trio Gato dom Fome.

     Ok, quem faz barba, faz cabelo, unha e calcanhar. Vai aí Na Cadência do Samba em velocidade original. Orquestra de Waldir Calmon.



Apresentação do Vai-Vai no feriado do Dia da Consciência Negra.

     São Paulo. Saint Paul de mon petite coeur, como diria Lord Didu Morumbi. Ok, não gosto que falem mal de São Paulo com estereótipos. Uma das maiores besteiras que disse Vinícius de Moraes, e todo gênio de talento também diz besteiras, foi aquela que ficou registrada para a posteridade, a de que "São Paulo é o túmulo do samba".

     Vejam aí a energia da Bateria Pegada de Macaco, Escola de Samba Vai-Vai, na avenida Paulista, centro financeiro, bem em frente ao MASP, Museu de Arte de São Paulo. O show de percussão e ritmo vai além do trivial. Um detalhe a ser notado: a farra do morador de rua, nome politicamente correto pra mendigo, perto do pilar vermelho do MASP, no fundo das imagens. E também tem o rapaz com a caixa de isopor nos 4 minutos do vídeo. Leva uma carraspana de um membro da Escola mas não desiste e fica por ali. Enfim, o Vai-Vai, antigo bloco do Saracura, é show por onde passa.



     Pués entonces, abri o assunto, vou fechar. Vale lembrar que o poetinha carioca proferiu a baboseira durante uma apresentação de Johnny Alf, lá pelos anos 60, em um clube noturno de Sampa, onde a plateia falava e cacarejava. Irritado com o desrespeito ao profissional da música, um dos maiores da bossa nova, e, claro, já mais pra lá do que pra cá, Vinícius disse a batatada, que foi ouvida por um jornalista, que a espalhou. Vinícius generalizou um estereótipo esquecendo-se de que chato tem em todo lugar. O Rio de Janeiro está cheio. 

     E um estereótipo atual que anda na moda é dizer que São Paulo é "terra de fascistas". Bobagem. Estereótipo bunda mole. São Paulo é o berço do PT e tem grandes e fundamentais lideranças de esquerda. E fascista chato tem em todo lugar.
  

Candice Hoyes. Loving You.

     Candice Hoyes. Talentosa e bonita. Tenho ela no meu rol de amigos do Facebook. É das poucas que eu sigo por lá devido o desprezo e a irritação que eu tenho pela interatividade da ferramenta, que nos coloca frente a frente com duas ou três almas interessantes e uma horda de imbecis. Ser um enjoadão cultural é um dos meus poucos pecados. Fazer o que. Tenho a humildade de reconhecer minhas deficiências, não sou nenhuma sumidade de Harvard, não sou maestro, não leio filosofia em alemão ou grego e não sei francês, mas não gosto de redes sociais. Jesus Cristo. I'm Sorry. Prefiro sempre o meu blog, onde sou lido por dois ou três, do que ferramentas onde sou mal julgado por muitos. Detesto aquilo. Mas, enfim, vamos ao que interessa. Candice Hoyes tem origens jamaicanas e é novaiorquina. É cantora e pesquisadora. Canta sobretudo jazz mas tem voz de soprano. Vai aí com Loving You, o sucesso de Minnie Riperton dos anos 70.

 

Previa de la 12 en Mar del Plata. Fiesta a lo BOCA.

     Isto não é o grupo baiano Timbalada, esto es la "Bocalada".

 

     Sou brasileiro mas nutro uma grande simpatia pelo Boca. O clima está pesado em Buenos Aires devido as agressões de sábado. Um vexame. Mas o Boca vai faturar esta Libertadores. 
     

Virais quase engraçados. 26.11.218.

Olha a escada, Osvaldo. 

Sabe tudo de como pilotar um off road. 

Tem gente que não entende nada de arte. 

O que será que ele fez?
Mexeu com uma mexeu com todas 

Passando por dentro do anel de fumaça.
    

Qué será de ti? IKIRA BARÚ

     Eu já tinha postado ela faz tempo. Isso tem uns cinco anos. Mas como vou sempre limpando o histórico do blog de tempos em tempos, acabei deletando, mas sou fã e vai aí de novo para registro. A chica gracinha da Colômbia, Ikira Barú. Mas, sei lá, rapá, a mina sumiu. PUF. Deixou saudade em um séquito de admiradores. Ela lançou este projeto para interpretar canções latinas antigas y después desapareciò del mapa. A última notícia que tive dela é que andava pela Alemanha. Será? Bueno, neste clipe bonitinho (ui) ela canta Como Vai Você, do brasileiro Antônio Marcos, em versão para o espanhol. Ikira Barú, la princesita de Barranquilla. Sou fã. Maix quem não é?

 

Victinho Maia e o forró no cenário de Brasília.

     Eita! Ontem o assunto foi o forró. Hoje, volto a ele porque encontrei este vídeo simpático. O professor de dança Victinho, de Brasília, faz a sua promoção dançando no cenário Oscar Niemeyer do Distrito Federal. O ritmo do Nordeste brilhando sob o céu azul e seco do Planalto Central.

 

Forró pé de serra com o sanfoneiro João véio doido

     Quando quero algo original, vou fundo e procuro as raízes. Existem muitos grupos que fazem o chamado "forró pé de serra", o estilo de forró que vem do sertão do Nordeste, o forró original. Mas são profissionais do showbiz que atraem garotada universitária. Ruim não são, mas não são originais. A raiz é feita de um sanfoneiro, a zabumba, o pandeiro e o triângulo. João véio doido traz a originalidade mais pura que se pode encontrar. Neste vídeo ele vem somente com o panderista. Apesar da simplicidade, é um instrumentista habilidoso. Não sei de onde é o João véio doido. Procurei informações e não consegui. Certo é que vem de algum lugarejo do sertão, o coração quente e árido do Brasil. 

 

Fotos. A vida de Stan Lee em imagens.

     O grande talento dos quadrinhos morreu dia 12 de novembro.


MetrôRio: Making of Sound Branding - Tema MetrôRio

     Isso já tem seis anos. E aí o negócio é o seguinte, quem mora no Rio e usa o Metrô, diz que já não aguenta mais esta "musiquinha", que faz parte da rotina do sistema de som. Afirmam que é daquelas grudentas, que penetram na cachola e ficam o dia inteiro. Precisa assobiar Tico-Tico no Fubá meia hora para ver se sai. Mas aí o negócio é o seguinte, a "musiquinha" executada pelo trombone de Vittor Santos é simpática e vale a pena ser mostrada para quem nunca a ouviu. A melodia é ótima e o arranjo é gostoso. Toda melodia exaustivamente executada acaba cansando. Já imaginou ficar ouvindo Take Five, do Dave Brubeck, todo dia, o dia inteiro? E aí o negócio é o seguinte, né, quem já está de saco cheio da musiquinha, veja aí quem a executa e como foi gravada e pare de encher o saco. 

 

     Socorro. Tô com a musiquinha grudada na cachola. Cuidado aí, leitor.

Erika Januza, Vai-Vai.

     São Paulo. No último domingo a atriz Erika Januza foi nomeada musa do Vai-Vai. Ui! 

O samba não levanta mais poeira
asfalto hoje cobriu nosso chão 
lembranças eu tenho da Saracura
saudade tenho do nosso cordão
Bexiga hoje é só arranha-céu
e não se vê mais a luz da lua
mas o Vai-Vai está firme no pedaço
É tradição e o samba continua
Quem nunca viu o samba amanhecer 
vai no Bexiga pra ver, vai no Bexiga pra ver 
(Tradição, Geraldo Filme)



Todo Mundo É Feio - Renato Baccarat

     De perto todo mundo é feio. FOOON. 

     É verdade mesmo.  É por isso que eu não sou narcisista. Só faltava. Ehehehe. Bom, o trabalho  desses dois é divertido e interessante. Renato Baccarat (guitarra e voz) e Pascal Rousseau (tuba).



Hand Draw Film.

    O Handdrawfilm é um site com documentário que fala da persistência de determinados artistas  de animações para manter o traço manual. É sabido que especialmente o universo das animações tem sido invadido por telas eletrônicas e softwares que praticamente eliminam a arte do traço. É tudo eletrônico. Já notei isso faz tempo e costumo rejeitar animações que não possuam, pelo menos, um bom roteiro. Para o meu caso, afeito aos cartuns, charges e tirinhas, sou do tempo do nanquim e das mesas de luz. Ainda não me acostumei à era eletrônica. Tenho uma pequena mesa digitalizadora Wacom engavetada. Quando pego, tento, tento, tento e desisto. Esta é uma das razões para que eu enrole a publicação de cartuns e charges por aqui, um projeto antigo. Preciso insistir já que as mesinhas eletrônicas facilitam sim o trabalho. O problema é adaptar-se. É como aquele garoto que joga bola descalço e depois tem de adaptar-se à chuteira, extensor, faixa e meia. Fica tudo diferente. Para o caso das animações, os sofisticados recursos da eletrônica tiram a alma da arte. Abaixo, o trailer do documentário. Agendei para dar uma boa analisada nisso tudo. 




Handdrawfilm.com

Virais quase engraçados. 19.11.2018.

Semana fraquinha.

Gente, pero que se pasa? 

Atiçou a morena mas deu ruim. 

Passeio.
 

Cubanisimo, Soy Cubano

     Parabéns aos 499 anos de La Habana, completados na semana que passou. Há o registro da fundação no dia 16 de novembro de 1519 pelo navegador espanhol Diego Velázquez de Cuéllar. 

    Pois é, quando postamos algo sobre Cuba são normais os julgamentos rápidos: ih, esse aí é comunista. Não é nada disso. Este post vai além de ideologias.O que eu gosto mesmo é do ritmo e do balanço, que começaram muito antes de Fidel. A minha salsa não tem farda. Cuba é o berço de todos os ritmos caribenhos. Gosto de Célia Cruz, de Benny Moré, etc, artistas anteriores à "rebolución". E lembremos que Célia foi banida como inimiga do regime e nunca mais pode voltar. Fidel foi cruel. Bom, verdade mesmo é que sou ambíguo e mal resolvido ideologicamente. Vejo com restrições todo aquele que escolhe firmemente um lado do maniqueismo direita-esquerda. Não nego que tenho simpatia pela cidade de La Habana, que é tranquila e segura. Está defasada, parou no tempo, mas mesmo isso pode ser encarado como virtude. Cair de boca no progresso não anda parecendo boa opção. Sob este sentido, Havana pode valer-se de seu próprio "atraso". Polui pouco, ou quase nada. Não há montanhas de garrafas pet e canudinhos plásticos, por exemplo, pragas antiecológicas que assolam o mundo, digamos, "desenvolvido". Além desta vantagem, há charme em viver algo que nos leva ao passado, a carros antigos, a ruas tranquilas onde passa o padeiro gritando: panedeeeeeroo... , o atendimento médico é bom e gratuito, a comida é restrita ao que tem para hoje mas nunca falta e o mar está logo ali. Mais para quê?  La Habana não é o paraíso que alguns querem que seja e nem o inferno que outros pensam que é. Se eu for listar todos os prós e contras, vai faltar espaço. Então paro por aqui. Resumi bem meu sentimento pela ilha. Vejam aí o balanço de César y sus Cubanísimos e a beleza de las chicas de La Habana. 




     Necrológio:

    E falando em Cuba, vamos dar uma nota de falecimento: faleceu dia 7 de novembro, em Santiago de Cuba, aos 79 anos, o músico Félix Valera Miranda, líder e fundador de uma das mais autênticas bandas de música cubana, a Família Valera Miranda.

Samba no violão com Fábio Lopes

     A habilidade de Fabio Lopes transforma o violão em bateria. Fábio é de Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro, e é músico profissional que se apresenta em bares e eventos. Esta sonoridade balançada no violão lembra outra fera, o compositor João Bosco. Mas João Bosco não faz batucada.
 


Vencedora do Grand Piano Competition 2018. Alexandra Dovgan.

     Isto assusta. A menina russa Alexandra Dovgan tem apenas 10 anos. Eu, com dez anos, só jogava bola e assistia desenhos na TV. Estudava as matérias da escola para passar de ano e olhe lá. E passar raspando a linha divisória do gramado era comum. 
 


Min e as maozinhas

     Primeira série de animações em linguagem de libras, de Paulo Henrique Rodrigues, conta as aventuras de Min, menina com deficiência auditiva. Tecnicamente bem produzida, simpática e educativa.

 

Veja mais:

Min e as Mãozinhas. Canal Youtube.

Império Serrano 2019. O Que é o que é (Gonzaguinha).

     Mais um samba para 2019 que merece ser mostrado pelo ineditismo da Império Serrano. A escola resolveu levar para a Sapucaí um sucesso de Gonzaguinha de 1982, O que é o que é. Ficou bonito. E, claro, sem os clichês comuns. A iniciativa leva a certas discussões. Estaria havendo problemas para as escolas conseguirem compositores interessantes? Por isso apelam para algo já antigo e consagrado? Ou isso será, doravante, uma tendência que pode dar certo? Eu gostei. Por mim, beleza. A maioria dos sambas novos são chatos. Gonzaguinha levemente alterado para ritmo de desfile fica energético. E a beleza da letra não se apaga. É a vida, é bonita, e é bonita. Por que não reler e resgatar uma beleza antiga?



Viverei, Ana Cañas (Clipe Oficial)

     A paulista Ana Cañas lançou esta semana o álbum TODXS. Mas não é disso que eu quero falar agora. O álbum está na página dela no Youtube. Quem quiser, vai lá e ouça. Só áudio. Mas eu gostei deste clipe com a música Viverei. Ela pega em cima o momento político pelo qual o Brasil passa, com guinada à direita, avanço de sentimentos egoístas e desprezo por valores de bem social. A letra é bonita. Passa pela minha cabeça uma curiosidade. O espírito desta canção lembra os tempos das canções de protesto, tipo da composição que seria censurada nos anos de ditadura, que Ana não conheceu. Eu era criança durante os anos de chumbo, mas lembro das censuras e das prisões. Bonita a canção de Ana Cañas. 

 

     A esquerda, durante a ditadura, carregava discurso parecido com este, da canção de Cañas. Com o fim do regime de exceção, a esquerda ganhou o poder democraticamente. As políticas sociais ganharam fôlego. Mas hoje assistimos um retrocesso. O eleitorado, cansado, mudou o rumo das coisas. Há os que dizem que houve erros da esquerda. Será? Não será?

Monarco - Aurora Da Minha Vida (Clipe Oficial)

     Hildmar Diniz, o Monarco, velha guarda da Portela, um dos últimos representantes ainda vivos da grande escola do samba carioca. Merece todo respeito, admiração e divulgação. Clipe gravado na ilha de Paquetá, que, para quem não sabe, fica bem no meio da Baía de Guanabara. Lugarzinho ainda bucólico e que tem tradição de romantismo. Vale lembrar que o romance A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882) acontece em Paquetá. Vale lembrar ainda que o romancista não faz no texto nenhuma menção direta ao lugar, mas as paisagens que ele descreve são identificadas como da ilha. E este samba de Monarco fala da infância. Fico eu aqui lembrando, com muita clareza, que, quando garoto, fui até Paquetá com as barcas que saem da Praça XV. Um bando de golfinhos acompanhou a embarcação por algum tempo. Hoje, com a situação precária da Baía, os golfinhos já não estão mais presentes com tanta facilidade. 
 


Claudia Leitte - Balancinho.

     Claudia é boa cantora? Não exatamente. Nenhum grande recurso de voz ou charme de técnica musical em especial. É bonita. Faz uma figura melhor do que as concorrentes do gênero axé pop baiano ou qualquer coisa por aí. Leva algo de J.Lo à brasileira. Não corro atrás, não procuro, mas quando a vejo, confiro.

     Só lembrando que na semana que passou o apresentador Silvio Santos, de 87 anos, no Teleton, seu programa de arrecadação de caridades, disse a Cláudia que não a abraçaria porque "ficaria excitado". Ehehehe. Cláudia demonstrou desconforto e a pérola machista chocou alguns. Mas ela é bonita mesmo, ué. O sex appeal é o melhor que ela tem para apresentar. Fato. Isto, porém, dá direito a um velhinho esperto e saudável bancar o saliente? Ah, vá, sinceramente?, é tudo promoção. Silvio sabe ser viral quando quer.

Eu, aqui: Claudinhaaaaa, uuuuuui!!
 

Propaganda. Ursinhos do Heathrow.

      O aeroporto londrino termina o ano mais uma vez com os ursinhos. Agora eles estão voltando pra casa. Para Londres. Os ursinhos deixam um local ensolarado para voltar a Londres? Não acho Londres uma cidade apaixonante. Seria melhor o contrário. Seria melhor voltarem para Havana ou Miami, mas, evidente, como diz aquela piada velha da viúva fazendo xixi no cemitério: "cada um chora por onde sente saudade". E o filme é bonitinho. É o que basta para julgar hoje.

 

Elza Soares participa da gravação do samba-enredo da Mocidade para 2019



E sem esquecer:

Nenéu Liberalquino - Insensatez (Tom Jobim / Vinícius de Moraes).

     Olha que bacana isso. O site Acervo Digital do Violão Brasileiro traz o pernambucano Nenéu Liberalquino com Insensatez (How Insensitive), de Tom e Vinícius. Nenéu é deficiente e desenvolveu autodidaticamente seu método de executar o instrumento na horizontal (slider). Ao elogiar isso, não caminho por aquela hipocrisia rasa de rede social que move a maioria pelo fato de Nenéu ser deficiente. Não. O que importa é que Nenéu É bom instrumentista e tira som caprichado do violão.



Na Baixa do Sapateiro, de Ary Barroso, a cappella com Verônica Ferriani.

     Bonito isso, hem. Clipe selfie MPB. A paulista de Ribeirão Preto, Verônica Ferriani, canta Na Baixa do Sapateiro, de Ary Barroso (1903-1964), a cappella. E gravado em Salvador. Ary a cappella fica legal porque realça o que ele tinha de mais brilhante, a melodia. Verônica adapta a letra ao seu gênero feminino. Onde o original diz morena, ela diz "moreno". Ela também substitui frajola por "folgado". Verônica deu uma atualizada no Ary. Ele tinha mesmo o hábito de surgir com expressões não muito usuais e, por isso mesmo, as letras dele são contestadas, embora não sejam exatamente ruins. Mas as melodias e o espírito que as canções trazem são imortais.

     E pra quem ainda não sabe, a Baixa do Sapateiro, hoje em dia não é exatamente um bairro, mas um canto do Centro de Salvador, e que praticamente não existe mais, foi engolido pela construção da Avenida Presidente Castelo Branco. E a letra tem um erro, já que o nome correto é Baixa "dos Sapateiros".

     Enfim, a Mônica me emocionou. 

 

      Ah, sim, e uma última lembrancinha. Ary era mineiro de Ubá, onde nasceu em 7 de novembro de 1903, e morava no Rio de Janeiro. Mas a inventividade dele ia longe.  

Bambas de Cartola interpretam Velha Guarda da Portela

     De volta ao Brasil. Apesar do estilo, isso não é do Rio, mas de Campina Grande, Paraíba.

 

Guapa Orquestra. Homenagem a Fania All Stars.

     UUUuuuii...!! Y ahora, desde Colombia, las chicas de Guapa Orquestra.






     Vale aqui uma notinha de rodapé: a Fania All Stars foi uma banda fundada nos Estados Unidos através da Fania Records, nos anos 60, pelo americano Jerry Masucci e pelo dominicano Johnny Pacheco, e que acabou se consagrando com um grande ícone da música latina. 

Cumbia. Reina Guisela Santa Cruz y Dalmiro Cuelar.

     Ueba! Eita! Cumbia boliviana. Dentro daquela proposta de integração latino-americana, vai aí Guisela Santa Cruz, cantora folclorista boliviana. Junto com ela, Dalmiro Cuellar Ayala. O ritmo é gostosinho. E tem umas morenonas aí na parada. 


 

Liga da Alegria - I Will Survive

     A Liga da Alegria se prepara para combater o crime na era Bolsonaro. 
 


Para quem quiser ver mais:


Virais quase engraçados. 05.11.2018.

Brincando (com a cara) na areia.

O beijo da felicidade.

O salvamento.

Homem-Aranha dançando Jay Ho (tema de Quem Quer Ser Um Milionário).

Luta tensa. Imagens fortes. 

É preciso saber trabalhar com a rejeição logo cedo.

Quando for comprar um cachorro, pense bem.
El perrito del capeta.
 

Melô de São Luis. Eric Donaldson.

    São Luís do Maranhão, terra natal da cantora Alcione, do poeta Ferreira Gular, do escritor Aluísio Azevedo, da , hehe, "cantora" Pabllo Vittar, do ex-presidente José Sarney e do atual governador do Maranhão, Flávio Dino. Cidade bonita e única capital brasileira fundada por franceses. Mas cumpre dizer agora que faz mais ou menos trinta anos que o ritmo jamaicano reggae tomou conta de São Luís. Domina o cenário nos bares, da classe média às faixas mais pobres. E São Luis imprimiu uma maneira própria de se manifestar com o reggae: casais dançam coladinhos. Este clipe traz o jamaicano Eric Donaldson cantando uma homenagem a São Luís, com bonitas imagens da cidade. Eu havia dito inicialmente que Donaldson é de São Luis. Nada. Barriguei. Dei uma fake news bacana. Mas já corrigi. O cara é jamaicano mesmo. De Saint Catherine.



Dia de los Muertos - 2 de novembro.

     Hoje, 2 de novembro, no Brasil é feriado de finados, dia de reverenciar a memória de quem já partiu. O México também reverencia os mortos no mesmo dia, mas de uma forma mais própria. Se no Brasil basta a saudade triste dos que se foram, no México há também música, festejos, brincadeiras infantis, guloseimas e um pouco de humor mórbido. Este curta de animação é da Ringling College of Art & Design e foi produzido em 2013. Eu não afirmo com certeza, mas deve ter inspirado o longa da Pixar, Viva a Vida É Uma Festa, Oscar de animação de 2018. O tema é o mesmo e este curta é anterior, com a diferença que a protagonista é uma menina. O fim é emocionante. Bonita animação para o dia de los muertos. 

 

Sertão Veredas, Egberto Gismonti.

     Isto foi gravado em março no Teatro Municipal José de Castro Mendes, em Campinas. Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas se apresentando no V FMCB (Festival de Música Contemporânea Brasileira) com a peça Sertão Veredas, de Egberto Gismonti. A inspiração é óbvia, vem da obra literária de João Guimarães Rosa. Não tenho opinião abalizada para o erudito mas meus ouvidos rasparam em Villa-Lobos, o que não surpreende. Devo confessar que prefiro o Gismonti convencional, sem tanta pretensão erudita, aquele Gismonti de Palhaço, por exemplo, o Gismonti meio pop das montanhas do interior do Rio, onde ele nasceu, um Gismonti com mais espírito. Não trato da crítica ao Gismonti mais afetado, que fique claro, apenas julgo de acordo com minhas impressões, que podem não ser as suas, meu raro leitor, e muito menos as dele. Tenho certeza de que ele tem argumentos técnicos consistentes para explicar suas pretensões. Enfim, achei esse treco meio chatinho, que é até onde pode ir a minha opinião autêntica, o que quer dizer, autenticamente, que eu não entendo merda nenhuma de música erudita. Mas fica aí o registro. 

 

Minha opinião poderia ser resumida assim: não entendo bosta nenhuma mas, desculpa aí, não gostei.

E aí poderia surgir algum sábio para me responder: se não entende porra nenhuma, fica quieto. 

As inscrições para participação no VI FMCB já estão abertas.

VI FMCB.
   

Tirinhas W.

      Tentei encontrar informações sobre o autor William Marcus sem conseguir. As Tirinhas W são politicamente incorretas, como são os melhores trabalhos de humor. Clique na piada abaixo e veja mais no Instagram do cara.