Os cem anos de Jacob do Bandolim.

     Nascido no Rio de Janeiro em 14 de fevereiro de 1918, comemoramos hoje o centenário de um dos maiores instrumentistas brasileiros, Jacob do Bandolim. 

     Vamos resumir. Há quem diga que eu sou um  mestre em resenhas. Pois vamos lá. Jacob era filho da cafetina judia polaca Rachel Pick com o farmacêutico Francisco Gomes Bittencourt. Foi criado na Lapa, na "casa de saliências" da mãe dele, e teve formação praticamente autodidata. Mais tarde, casado, mudou-se para Jacarepaguá, onde promovia em sua casa saraus que ficaram conhecidos nos anos 60 por reunirem o melhor do melhor da MPB. Apesar de ter vivido o século XX e de ter participado de vários programas de auditório na TV, não deixou quase nenhum vídeo, apenas fotos e áudios. Seus admiradores ainda procuram desesperadamente, inconformados, algum vídeo que mostre o ídolo em movimento e atuando. Jacob faleceu de infarto fulminante em 1969, lá na casa dele, em Jacarepaguá. Tinha como característica que marcava sua genialidade a forma da palhetada, a maneira de tirar o som do instrumento. Além disso, seus inscríveis instrumentos eram feitos por encomenda. Eram instrumentos fantásticos, até hoje inigualados e feitos por mãos mágicas. Estão sob responsabilidade do MIS carioca. Havia dois, simplesmente chamados de nº 1 e nº 2. Por fim, cumpre lembrar que Jacob era, além de músico, servidor público da justiça como escrevente de um cartório criminal do fórum do Rio, e também estudioso e catalogador do choro. 

     São muitas as gravações e é difícil escolher alguma coisa para postar. Mas vai aí, na íntegra e com boa qualidade de áudio, o mais conhecido LP dele, Vibrações, de 1967. Clique na foto que traz Jacob em pleno estúdio RCA Victor, em 1967, gravando Vibrações.



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