Mocidade Independente de Padre Miguel 2020. Elza Soares.

     Está aberta a temporada das gravações e inscrições de sambas concorrentes para 2020 no Carnaval do Rio. Costumo observar alguns segundos dos inscritos das escolas mais fortes e representativas. Algumas escolas escolhem temas nobres, como a Portela, que tem como foco os povos indígenas. O assunto é mais do que propício para mostrar a época atual, com o Governo Bolsonaro incentivando queimas de territórios e supressão de direitos e de espaços. Ainda não analisei. Se encontrar algo substancial, posto aqui. Outra escola com tema inspirador é a Mocidade Independente de Padre Miguel, que homenageará a cantora Elza Soares. Quer tema melhor? Elza, mais do que ninguém, merece coisa boa. Trata-se de uma diva que vai além da música e tem seu valor como voz da mulher negra. Acho até que podemos traçar paralelos entre Elza e Aretha Franklin. Mas não dá para garantir a qualidade do que virá. Este clipe mostra um dos sambas concorrentes. Veja, se quiser, e julgue. Destaco a beleza da menina, mas isso não tem nada a ver com o samba em si.



     Eu tenho postura estranha para sambas-enredo. Eles não costumam me agradar, parecem todos iguais e são sempre recheados de clichês. Mas observo para postar aqui porque entendo que eles têm importância na cultura brasileira. Não posto tudo porque são muitos, é um baticum danado, a maioria é ruim. Não gosto de postar e criticar. Posto o que realmente gosto. Há sambas bons? Há. Surge um a cada dez anos. Algo por aí. E nem sempre os temas mais prometedores são os que fazem nascer os grandes sambas.

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