Samba 2018 do Nem Sangue Nem Areia.

      O antigo bloquinho da Vila Industrial, na minha Campinas, Nem Sangue Nem Areia, nasceu nos anos 40 como ironia carnavalesca a um filme famoso com Tirone Power, transformou-se em escola de samba nos 60 para desaparecer nos 70. O meu antigo amigo e precocemente falecido, Helder Bittencourt, que, como eu, também tinha raízes na Vila Industrial, foi o responsável pelo resgate nos anos 2000. Sofreu críticas. Alguns diziam, e com certa razão, que Helder não havia regatado a alma do bloco, que eram os seus boizinhos feitos de arame e tecidos coloridos. Helder se defendia dizendo que não havia recursos. Pelo sim ou pelo não, certa ou errada esta ou aquela parte, correto mesmo é que o velho bloco foi puxado do arquivo da penumbra e está aí, vivo e adaptado ao carnaval moderno. E isso é mérito do Helder que jamais poderá ser retirado.

     O samba de 2018 fala dos bares da boemia de Campinas nos anos 70, 80 e 90 no bairro Cambuí. Foi, talvez, a melhor era da boemia de Campinas. A mais movimentada e mais culturalmente criativa, eu não tenho dúvidas.  



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