Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas.

     Chamou a atenção da opinião pública esta semana a atitude do vereador campineiro Paulo Galtério, que colocou em discussão a existência da conceituada Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, questionando a utilidade prática da existência dela e o custo que ela acarreta. E desafiou: por que não acabar com ela? A população da cidade tem na orquestra um ponto de orgulho, demonstrou não se importar com os custos e ficou ofendida. A chiadeira foi grande. Galtério, cujos questionamentos não eram assim tão fora de propósito, já que a cidade está sem dinheiro e há prioridades, acabou por enfiar a viola no saco.

     A OSMC já conheceu dias de maior brilho nos anos 80, quando tinha à frente maestro com capacidade para ser estrela, como Benito Juarez. A OSMC abriu um leque polêmico de opções ao interpretar músicas populares. Muita gente conservadora desceu o malho mas hoje muitas orquestra fazem isso. E, afinal, qual o problema? E a OSMC sempre teve, e tem, o trabalho erudito magnífico.

     O maestro atual é Victor Hugo Toro. Este vídeo vem do canal dele no Youtube. Trata-se de uma excelente gravação da interpretação da abertura da ópera Fosca, do maestro campineiro Carlos Gomes.





     A OSMC é totalmente pública. Por isso é uma sinfônica. Não temos no Brasil uma Filarmônica, que são as orquestras mantidas por dinheiro privado. Por muito tempo eu pensei que a diferenciação entre sinfônica e filarmônica estava no tamanho e que as filarmônicas eram maiores. Nada disso. É a natureza pública ou privada que as difere.

Site da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas.

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