Henfil - Carta a Elis Regina.

   O site Revista Prosa Verso e Arte publica a carta que o cartunista Henfil escreveu para homenagear Elis quando da morte da cantora, em 82. Era hábito dele escrever cartinhas depois do sucesso de suas "cartas pra mãe". No caso de Elis, trata-se de um desagravo. Dez anos antes, em 72, depois que ela cantou o Hino Nacional nas Olimpíadas do Exército, Henfil promoveu o "enterro simbólico" de Elis. Ele fazia parte da esquerda dominante na imprensa. Tentaram, sem conseguir, fazer com Elis o que foi feito com Wilson Simonal. Henfil tinha talento de gênio, mas foi injusto. Ela ficou magoada. Dizia que cantou o Hino obrigada porque havia falado mal da ditadura na França. A apresentação no evento militar foi a missão que a ditadura passou para deixá-la voltar. Henfil reconheceu o erro mas nunca pediu desculpas. Mesmo nesta carta, faz um desagravo indireto, mencionando Elis de forma genérica, como se estivesse falando de todas as mulheres. A carta é bonita, mas falta o pedido de desculpas explícito, claro e direto, que ele morreu devendo. Clique na foto para ler a carta.



Bônus:

Elis na Suécia. 1969. Upa Neguinho (Gianfrancesco Guarnieri e Edu Lobo). 

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