70 anos do baião Asa Branca.

     Gravado em março de 1947, o baião Asa Branca, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, completa 70 anos. Os versos dizem, como muitas canções que falam do interior do nordeste brasileiro, sobre o desespero da seca, que faz muitos habitantes partirem rumo ao sudeste ou às capitais litorâneas. Antigamente o êxodo ocorria com mais volume, hoje em dia, devido programas governamentais, nem tanto. E muita gente gravou Asa Branca depois de Luiz. Como sempre acontece com canções de grande popularidade, pessoas cantam automaticamente, artistas gravam, mas a beleza da letra fica um pouco eclipsada, esquecida, mal notada. Gostei deste casal porque a moça canta de forma tranquila, demonstrando o recado triste, cheio de agonia, que é passado junto ao sentimento de paixão do retirante que deixa a terra seca e o amor para trás com a esperança de voltar.

Bruno Schroeder - violão
Raine Holtz - voz e viela de roda


     Viela de roda? Nunca ouvi falar. Vou pesquisar sobre isso.




     Assim como o carcará, asa branca também é uma ave. Trata-se de uma espécie de pomba.

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