Samba de Aurora. Tradição, de Geraldo Filme.

     Há um vereador sendo criticado por pretender retirar o nome do ator Grande Otelo do sambódromo de São Paulo. Nem sei quem é o tal vereador mas acho a troca coerente. Grande Otelo (1915-1993) não era paulistano, era mineiro de Uberlândia radicado no Rio e, o mais importante, não era sambista. Já há um teatro com o nome dele em São Paulo, o que é apropriado. O nome cogitado para a troca é o de Adoniran Barbosa, pseudônimo de João Rubinatto. Mas há quem mereça mais, como Geraldo Filme, Pato n'Água e Nenê de Vila Matilde, nomes que viveram intensamente o universo das escolas de samba através da Vai-Vai e da Nenê de Vila Matilde. Adoniran, apesar do apelo que suas composições possuem com a identidade paulistana, era alheio a isso.

      Falo muito sobre o Rio de Janeiro, gosto do Rio de Janeiro, mas sou paulista. Achei muito charmoso esse trio de vocais chamado Samba de Aurora. Elas se apresentam sempre no Espaço Maquinaria, na rua Treze de Maio, no Bixiga.Tradição é de autoria do sambista paulista Geraldo Filme (1928-1995).



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