Isso não morre NUNCA. A letra de Ary é ruim mas a melodia e o ritmo são
eternos e não cansam. Apesar de ser um samba, dá para tocar esta melodia simples mas genial da forma que bem se entende, pode ser fox, maxixe, choro, jazz, improvisos e o escambau que
ela não perde o brilho. O Grupo Ginga na Gafieira e a cantora Juliane Spina a executam como gafieira, o estilo de samba de salão, de batida sincopada, que utiliza metais, e o resultado ficou ótimo. Além de tudo, esta radiante melodia funciona como o hino oficioso do Brasil, é deliciosamente reconhecida no mundo inteiro logo nos primeiros acordes e frases, e faz qualquer bom brasileiro sentir-se orgulhoso ao ouvi-la.
E se a letra é sempre muito malhada e tradicionalmente reconhecida como ruim por utilizar expressões como "Brasil brasileiro" e "coqueiro que dá coco", ou palavras como "insoneiro" e "merencória", não pode ser ignorado o fato de que, dentro do espírito geral da canção, a letra ajuda a levantar a bola da brasilidade. Sem rigores, é possível apreciá-la. Enfim, grande Ary. Eterno Ary.
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