Samba paulista. São Paulo NÃO é o túmulo do Samba e um bom Germano Mathias.

Certa vez, em uma boate de São Paulo, o poeta e compositor carioca Vinícius de Moraes disse: "São Paulo é o túmulo do samba". A frase ficou. O parceiro paulista de Vinícius, o violonista e também compositor Toquinho, sempre esclarece, quando pode, que Vinícius nunca criticou a cidade de São Paulo de forma genérica, como a frase ficou evidenciada, e jamais faria isso, mas apenas defendeu o pianista Johnny Alf, que se apresentava naquela noite. Havia um grupo de chatos bêbados falando alto enquanto Johnny se apresentava. Vinícius resolveu manifestar-se e foi criticado: "aqui é São Paulo e a gente fala alto mesmo", ou alguma coisa do gênero. Foi quando Vinícius disparou, irritado: "São Paulo é o túmulo do Samba". Pois é, e havia um jornalista presente que espalhou a bobagem.

E vamos a Germano Mathias. Germano é um dos mais icônicos sambistas do estilo clássico e sincopado do samba de São Paulo. Infelizmente, o estilo está quase extinto. Resiste em alguns bons grupos de gafieira. O samba de São Paulo vai perdendo seu espirito e personalidade. Hoje São Paulo tem inúmeros grupos de pagode, uma variação empobrecida do samba carioca. 




Curiosidade: faz alguns anos, Germano levou um tombo feio no palco, durante uma apresentação em Fortaleza, e perdeu a sua tradicional latinha de graxa, com a qual se apresentava. Ganhou outra de presente.

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