Estreia esta semana, dia 8, o filme Simonal, que conta um pouco da vida do grande astro black brasileiro dos anos 50 e 60, e que caiu em desgraça nos 70. De origem humilde, o "neguinho" talentoso, boa pinta, que carregava o público com magnetismo cheio de bossa e com voz bonita, ganhou fama, dinheiro e incomodou a sociedade racista silenciosa. Sim, incomodou. Mas caiu por suas próprias razões ao mandar agredir um contador que ele achava que o roubava. Para piorar as coisas, chamou agentes da repressão do governo militar da época para fazer o "serviço". A esquerda, que comandava a opinião pública, não perdoou e ele foi carimbado como dedo-duro, o que, de fato, nunca foi. Teve a carreira destruída, foi jogado no ostracismo forçado, até falecer debilitado pelo alcoolismo. Uma pergunta que pode ser feita é: se fosse branco, teria sido reabilitado pela imprensa e pelas gravadoras, que o queimaram e enterraram vivo? Filme para ver. Quem vive Wilson Simonal é o ator Fabrício Boliveira.
Podemos dizer que um dos piores "órgãos de repressão" que agiram contra Simonal foi o jornal O Passquim, através de seus colunistas e chargistas. A questão toda é muito polêmica. Ele errou. Apenas não precisaria ter pago um preço tão caro.
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