Dois assuntos em um post só. Olodum 40 anos. Brasil fica fora do Oscar.

     Vou emendar dois assuntos com um post só. O título, ali em cima, parece meio doido, mas uma coisa tem a ver com a outra, pelo menos aqui, no meu contexto. Esta semana o grupo de percussão Olodum, de Salvador, Bahia, completa 40 anos. Apresentações estão agendadas para comemoração. Este vídeo amador, com imagens e áudio mais pra jacaré do que pra lagartixa, foi gravado nas escadarias da Igreja de Santa Bárbara. E aí eu emendo o assunto nº 2. Foi neste cenário que, em 1962, Ancelmo Duarte filmou O Pagador de Promessas, que faturou a Palma de Ouro em Cannes, ainda o maior prêmio do cinema brasileiro. Pois bem, foi anunciado hoje que o filme de Cacá Diegues, com o bonito tema de O Grande Circo Místico, ficou fora do Oscar. Não vi o filme, não sei o que Cacá Diegues fez com o assunto, só sei que demorou pra chuchu para o trabalho ficar pronto. O musical de Chico Buarque e Edu Lobo, feito nos anos 80 para o Balé Guaíra, de Curitiba, inspirado no poema de Jorge de Lima, é um clássico. É isso aí. Que salada, hem? Olodum, escadas da igreja de Santa Bárbara, em Salvador, que deram brilho a nossa Palma de Ouro, e o Brasil fora do Oscar. E fora novamente. Faz vinte anos que o Brasil não participa da festa de Hollywood.

 

     Barba e cabelo pra quem quiser. No filme O Pagador de Promessas, de Ancelmo Duarte, baseado em peça de Dias Gomes, Leonardo Vilar é Zé do Burro, o ingênuo camponês que quer pagar a promessa pela cura do seu burro, entrar com a cruz na igreja, mas é rejeitado pelo padre, que não aceita o sincretismo religioso da promessa feita a Iansã (Santa Bárbara). A peça é uma obra-prima e o filme não fica atrás. Veja aí um trechinho, se quiser. Escadarias da Igreja de Santa Bárbara, Salvador, Bahia. Palme D'or, Cannes, 1962.

Nenhum comentário: