Acadêmicos do Grande Rio. Samba 2018 homenageia Chacrinha.

    Como faço sempre, nos últimos meses do ano dou uma espiadinha nos sambas-enredo do ano seguinte. Mais do mesmo, com letras falando sobre divindades africanas e indígenas, eu já coloco de lado. Acho os sambas com estes temas muito chatos e batidos. Infelizmente eles são a maioria. Há quase uma tradição. Faço o registro de um ou dois que me pareçam mais simpáticos dentro de um universo cansativo. Gosto do conjunto de percussão. É o que vale nas escolas de samba. Mas letras e melodias verdadeiramente bonitas e originais são raríssimas em toda a história dos desfiles de carnaval. Este meu entendimento contraria os apaixonados, mas não faço média. Este samba da Grande Rio para 2018 vem com o tema que homenageará na avenida o apresentador de TV Abelardo Barbosa, o "Chacrinha". Não é grande coisa, mas pelo menos é diferente. 

 

      Evidentemente que para brasileiros Chacrinha dispensa comentários, mas sempre esclareço um pouquinho mais certas questões para potenciais leitores não brasileiros. Abelardo Barbosa, o "Chacrinha", nasceu no Recife em 30 de setembro de 1917. Teria feito cem anos. Faleceu no Rio de Janeiro em 1988. O estilo debochado fez sucesso primeiramente no rádio, nos anos 50, e daí foi para a TV. Chacrinha apresentava os programas vestido de fraque colorido e utilizava uma buzina para despachar maus calouros. Cunhou frases que ficaram famosas, como "Terezinhaaaa, ú úúú" e "vocês querem bacalhauuu".

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