Cinema publicitário. British Airways.

     De hoje em diante vou utilizar a expressão cinema publicitário e não propaganda ou comercial. A minha atenção na área é voltada para o aspecto cinematográfico e não ao apelo comercial.

Dito isto, olhem isto. Neste filme da British Airways, tecnicamente impecável, há uma questão sócio-histórico-cultural que eu notei. O jovem indiano vai a Londres e enaltece as qualidades cosmopolitas da cidade. É curioso apontar que a história não avaliza este relacionamento assim tão amistoso entre jovens das colônias e a "corte". Se antes era ruim, hoje está pior. A região indiana e paquistanesa de Londres, o East London, representa perigo de infiltração de células terroristas. E Mahatma Gandhi, jovem, estudou direito na Inglaterra para depois ir provocar na África do Sul e liderar movimento contra o sistema colonial em seu país. Embora o rapaz do filme, convenhamos, esteja mais para o, digamos, coxinha Jawaharlal Nehru, o relacionamento histórico colonial não vai no sentido de que o colonizado joga confete no colonizador. A paz do filme é uma fantasia, ou, no mínimo, uma realidade que não atinge a todos.



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