Noites Cariocas, Jacob do Bandolim.

     O clássico de Jacob do Bandolim levado ao clarinete por Charles Windson. 


   

     Aliás, falando em Jacob, tenho lido quem joga luzes sobre a personaiidade complicada do icônico mestre, e que seus biógrafos e resgatadores da memória pouco ou nada comentam. Fascista? Não sei se exatamente. Nunca vi ou li manifestações políticas. Viveu os últimos tempos, fim da década de 60, durante o famigerado AI-5, instrumento da ditadura militar, mas, que eu saiba, nunca se manifestou a respeito. Maltratava o amigo Pixinguinha? Talvez. O que acho que posso dizer é que ele era meio chato sim. Exigente. Era grosseiro se entendesse necessário. Já ouvi gente que conviveu com ele dizer isto. A relação com Pixinguinha era dividida, ia do respeito pela personalidade fundamental do choro a certas avacalhações. Algumas registradas em áudio do MIS Rio. Mas ele viajava com o amigo, que tinha personalidade quase simplória, ao contrário da dele, articulada. Trouxe, por exemplo, a São Paulo, para visitar redutos tradicionais do choro. E, finalmente, fica a pergunta: até que ponto é útil resgatar isto? É preciso honestidade para não omitir que ele era eventualmente chato e nem colocar esta ou outras acusações como foco de críticas a um artista de valor indiscutível.
 

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