Concurso Batuque da Boa.

     Pra não dizerem que eu estou pagando de mané, fazendo propaganda da Antárctica de graça e emprestando a cara (o blog) na faixa, deixo claro que não tomo Antárctica. TODA cerveja brasileira é ruim, medíocre mesmo, se comparada às importadas. São cheias de misturas desonestas. Cevada vira soja, milho transgênico ou sei lá eu mais o que. Mas como é a Antárctica que está pagando esse borogodó todo aí, vamos falar. Ela está promovendo o concurso do melhor sambista do Rio de Janeiro.  A inciativa tem o seu valor, já que promove artistas. Se quiser, clique na imagem, entre e vote. Compre uma cervejinha importada antes, viu. Não sou muito indicado para dar o palpite sobre qual é a melhor. Nunca fui consumidor ávido de cervejas. Mas sei que as brasileiras são todas porcarias. Quem entende é que diz. 


     Houve um tempo, ali pelos anos 90, em que eu tomei muita cerveja na boemia. Mas não por gosto. Por sem-vergonhice mesmo. É a bebida mais barata e o efeito etílico não derruba. A relação custo-empapuçamento é vantajosa. Com algumas doses de destilado você já estoura o orçamento do mês, enrola a língua e trança as pernas. Com a cerveja, o manguaceiro fica apenas meio alegrinho, achando que toda trubufu é linda. Sai do boteco inteiro e chega em casa fazendo o quatro.
   

Choro Brasil Japão. Devaneios.

     Isso vem de São Paulo, né, a cidade mais cosmopolita do planeta terra. Se existe outra por aí na galáxia, sai perdendo. 

   Choro, gênero genuinamente brasileiro, executado pela saxofonista nissei Sonoko Hongo. Devaneios é uma composição de Sonoko. Os melhores choros são antigos. Os mais "atuais" vêm dos anos 60, com Jacob do Bandolim. Hoje em dia, quem ousa criar, geralmente envereda pela falta de originalidade. E as exibições de virtuosismo estão na moda. Mas Sonoko conseguiu criar uma melodia bonita e agradável. 

 

Louis Armstrong House Museum e a casinha de Selma Heraldo.


     A prefeitura de Nova York doará 1,9 milhões de dólares para a reforma da casa de Selma Heraldo, a vizinha de Louis Armstrong em suas casa de Queens, hoje um museu. Selma era amiga de Louis e da esposa, que moraram ali por muitos de seus últimos anos. Selma Heraldo faleceu em 2011 e a casa dela hoje faz parte das atividades do museu. Na foto, a casa de Selma é a branca. A de tijolinhos vermelhos é a Louis Armstrong House Museum. Enfim, o que me chamou a atenção é que administrações públicas também doam dinheiro nos Estados Unidos. No Brasil, muitos de nossos artistas do passado não possuem nenhum tipo de preservação de memória. A casa de Pixinguinha, por exemplo, no bairro de Ramos, no Rio, ainda existe, mas não cultua a memória dele. E são muitos exemplos. Na maioria dos casos, as residências já foram demolidas, como a de Jacob do Bandolim, em Jacarepaguá, e a de Noel Rosa, em Vila Isabel. 

  

Nádia Figueiredo. Parla Più Piano (Brucia la Terra).

     A soprano brasileira, nascida em Minas Gerais, Nádia Figueiredo, gravou na Itália este belo clipe com a composição de Nino Rota para O Poderoso Chefão (The Godfather). Parla Più Piano, ou Speak Soflty, ou, ainda, em português, a cafona Fale Baixinho. Todas as letras foram inseridas na melodia de Rota depois e o Tema de Amor de Michael e Appolonia foi sucesso em quase todo o mundo. A produção do clipe de Nádia é da Biscoito Fino. 




Animação. First Bloom

     Achei interessante. A história conta sobre a relação entre uma serva e uma princesa. A cultura de dominação termina em amizade, mas a quebra dos costumes pode levar ao fim de tudo. Vale lembrar que o filme traz duas personagens femininas para falar de uma relação exclusivamente masculina na cultura oriental. Os príncipes e imperadores eram, sempre, homens.
    

Fotojornalismo. Cenas de Mogadíscio, Somália. O mercado de peixes, escolas e rotina das ruas da orla.

     Se você perguntar por ali "cadê a higiene?", vão pensar que você está perguntando por alguma mulher. Peixes cortados no chão, sem refrigeração, e estragos ambientais visíveis. Carnificina com tubarões, pela carne e pela cartilagem da nadadeira, e também com tartarugas e atuns, ameaçados de extinção. Caras armados com fuzil pra lá e pra cá, policiais, vigias, ou sei lá eu o que, são comuns. E como todo local pobre, tem muita criança. Pelos trajes vistos nas fotos feitas em escolas, especialmente das meninas, percebe-se o domínio do islamismo. Ok, o país é um dos mais carentes do mundo e já passou por conflitos graves. As ruas são inseguras. Mas limpeza também é um aspecto cultural. Tem muito lugar pobre que tem condições aceitáveis. As fotos impactantes são do blogueiro russo Illya Varlamov.



Lenço e Não quero mais amar a ninguém | Grupo ChororoSambÔ

     Fechando a semana com o grupo Chorosambô, do bairro carioca de Campo Grande. O vídeo tem três anos mas está intacto em sua totalidade de tempo, forma e conteúdo. Lenço é uma composição de Monarco. E Não quero mais amar a ninguém é de Cartola. 




Site do Chorosambô

Tito e os Pássaros. Animação brasileira indicada ao Oscar.

     Criação de Gustavo Steinberg, Gabriel Bitar e Andre Catoto. Traço bonito, diferente, sem aquelas expressões tolas das animações Pixar e Disney. O tema, percebe-se, trata da preocupação com o  meio ambiente.



Toquinho. 50 anos de carreira.

      O paulistano Antonio Pecci, que na pré-adolescência foi aluno do violonista campineiro Paulinho Nogueira, ganhou da mãe o apelido de Toquinho. Jovem, foi para o Rio aprimorar a vida artística. Depois do sucesso de Maravilha, composto com Jorge Benjor no início dos anos 70, foi convidado pelo poeta Vinícius de Moraes para uma apresentação em Buenos Aires. Nascia a profícua parceria. 

     Toquinho vai à Itália com sucesso desde os tempos da parceria com Vinícius. Natural da colônia italiana de São Paulo, é fluente em italiano e faz versões para a língua de Dante de suas criações com o "poetinha". 

       Em 2018, Toquinho completa 50 anos de carreira. 

     TOQUINHO & GRETA PANETTIERI canto de ossanha Live at Rovigo 4 agosto 2018.



Mais Que Nada - Banda dos Curumins com Michael Pipoquinha

     Mas Que Nada, composição de Sérgio Mendes, brasileiro que vive nos Estados Unidos faz muitos anos, tornou-se sucesso no Brasil em 1963 com o ainda jovem Jorge Ben, hoje Jorge Ben Jor. Sérgio Mendes levou sua música para os Estados Unidos e explodiu com o disco Brasil 66, onde Mas Que Nada era um carro chefe. E Mas Que Nada tem uma particularidade interessante. Ao penetrar no mercado internacional, ela não precisou de versões, era cantada em português. Vale lembrar que o idioma era um detalhe que prejudicava a MPB fora do Brasil. O gênio de Tom Jobim, por exemplo, para estourar, transformou Garota de Ipanema em The Girl From Ipanema, e Corcovado acabou como Quiet Night of Quiet Stars. Mas Que nada, porém, foi cantada em sua total originalidade. Ôôôô ôôôô ariá raiô oba oba oba mas que nada, um samba como este tão legal, você não vai querer que eu chegue no final. Enfim, os gringos cantavam isso sem sequer entender o que significava. Um fenômeno bastante interessante. Este vídeo com Mas Que Nada traz a meninada do projeto social paulista Curumim. 

 

Mutts.

    As simpáticas tirinhas de Patrick McDonnell incentivam a adoção de animais. 



Lia de Itamaracá.

     Raízes de Pernambuco. A ciranda é natural da ilha de Itamaracá, localizada poucos quilômetros ao norte de Recife. Segundo o folclore, tem raiz nas mulheres de pescadores, que dançam e cantam à espera dos maridos que vêm do mar. Lia de Itamaracá, pouco conhecida no resto do país, é a rainha da ciranda. 



Virais quase engraçados. 22.10.2018.

Ei, esperem aí, fui enganado. 

Acorda, tio. 

Carrinho com motor a ronco. 

Oh, my God. Run, Borest, run 

El efecto de la máscara. 

Silvio, el pajarito tonto. 

Cata essa bagunça que tu fez, seu bagunceiro.
   

Sueño Florianópolis | Trailer Oficial

     Divulgo o trailer deste filme porque me pareceu bastante simpático como sentimento de unidade da América Latina. Como sempre que falo de cinema, não faço críticas porque não vi. Conta a história de uma família argentina que vem a passeio em Florianópolis e cruza seus destinos com uma família brasileira. Argentinos são muito comuns nas praias de Floripa. Não é muito perto para eles mas é o paraíso solar mais à mão, já que em seu próprio país as opções não são muitas. A quantidade depende da economia. E o filme deve ser bem interessante porque somos "hermanos" em muitos aspectos, históricos, geográficos e políticos. A diferença é o idioma, mas é próximo e dá para se comunicar sem grandes problemas. Pelo visto no trailer, há mais do que coincidência histórica, política e geográfica no contato entre as famílias. E, evidente, o filme fala também das diferenças. Estreia na Mostra Internacional de Cinema / São Paulo International Film Festival e Fest Do Rio Rj. Uma co-produção Brasil-Argenrtina com Andrea Beltrão, Marco Ricca, Caio Horowicz, Mercedes Morán Gustavo Garzon, Manu Martínez e Joaquin Garzon. Dirigido por Ana Katz e produzido por Groch Filmes, Prodigo Films e Campo Cine. Enfim, a conferir. 



     Eu mesmo já vivenciei interessantes relações entre argentinos e brasileiros em Floripa. Um carnaval em que eu estava andando pela rua vestindo uma camiseta do Palmeiras, time de São Paulo. Passou um carro de argentinos com camiseta do Boca:
     - Eh, brasileño boludo de mierda. 

Imperatriz Leopoldinense. Samba 2019. Me dá um dinheiro aí.

      Último dos sambas que eu vi e que acho que vale a pena mostrar. Me dá um dinheiro aí é um tema que vem de um antigo personagem do compositor e humorista Moacyr Franco, dos tempos da velha Praça da Alegria, com Manoel de Nóbrega. Moacyr, o mais baixinho deste vídeo, era o mendigo que chegava do nada para encher a paciência. O tema Me dá um dinheiro aí também acabou como uma das mais conhecidas marchinhas de carnaval, composição dos irmãos Herrero, Glauco e Ivan Ferreira, gravada para o Carnaval de 1959 por Moacyr e cantada até hoje. Agora chega de samba enredo. Mostrei os mais simpáticos entre as grandes escolas. Vi outros que não valem a pena de tão clichês. 
 


     Vale mencionar que, como quase todas as marchinhas antigas de Carnaval, Me Dá Um Dinheiro Aí hoje está na contramão do politicamente correto cretino que vivemos. Imagine algo atual com versos do tipo "me dá um dinheiro aí senão eu vou fazer uma confusão e vou beber até cair". Iria ser malhado e fritado como incentivador  da extorsão e do alcoolismo. Sequer seria lançado porque os autores já iriam adoecer com a própria autocensura. Vivemos tempos sombrios, cheios de patrulha e, que curioso, nunca a sociedade humana foi tão cruel e egoísta. Me Dá Um Dinheiro Aí é uma gracinha inofensiva. Ouça.




a_samba. Arnaldo Antunes.

     O, em tese, roqueiro Arnaldo Antunes, ex-vocalista da banda Titãs, lança seu novo álbum, RSTUVXZ, cuja proposta, leio por aí, é dar alguns passos em homenagem ao samba. E a poesia vem com referências femininas como Clara Nunes, Alcione, Elza Soares e Dona Ivone Lara. 
 


Mocidade Independente de Padre Miguel. Samba 2019. Eu sou o tempo, tempo é vida.

     Não sou bom juiz para este tipo de coisa mas, pra mim, este samba da Mocidade é melhor do que o da Mangueira, postado a seguir. Na avenida isso se soma à grandiosidade do desfile e o efeito fica bonito. 

  

     O "mestre" a quem o samba se refere, é Mestre André (1932-1980), o carismático regente da bateria Não Existe Mais Quente, do GRES Mocidade Independente de Padre Miguel. 

Mangueira 2019.

     No último domingo a Mangueira elegeu o seu samba para 2019. Vai falar sobre Marielle Franco, a vereadora carioca assassinada em março, um tema que ainda está em evidência. Destaque para a letra livre dos clichês e para a graça da menina que participou das gravações.

 

     Notinha de rodapé: 

     Eu gosto de mostrar sambas enredos. É uma forma de mostrar o Brasil. Mas as letras e as melodias de qualidade diferenciada são raras. A maioria é clichê enfadonho e repetitivo. É sempre o mesmo nhéco nhéco. O que me agrada é o ritmo. Então é isso, faço o registro com as ressalvas. Há quem goste. E o gênero tem sua história e importância. 

Bob Esponja real.

     Achei quase interessante isso como traço. A ilustradora russa Polly, ou ilustrador russo, não sei, procurei informações e não encontrei, criou os personagens da Fenda do Biquini com traços tradicionais de quadrinhos. Ficou com a cara daquela Turma da Mônica Teen. E Bob Esponja continua com pinta de gay.
 

Curta de animação indiano. The Shiner (o engraxate).

     Noto que o cinema alternativo na Índia tem uma força incrível. São milhares de curtas todo ano. De vez em quando dou uma espiada em portais que mostram as novidades. A maioria dos filmes trazem propostas sociais e são bem melhores do que as bobagens românticas e cheias de dancinhas panacas da indústria oficial, em Bollywood. A Índia é um dos países com diferenças econômicas e sociais mais cruéis do mundo. A realidade do cotidiano para as mulheres, especialmente as pobres, é difícil, para dizer pouco. Há campanhas e cobranças de opinião pública mais fora do país do que dentro. Apesar disso, apesar da pobreza clamorosa e escandalosa da imensa massa de mais de um bilhão de pessoas, a Índia tem índices de violência muito, mas muito mesmo, menores do que o Brasil. E a Índia investe em armas nucleares. Gasta uma fortuna. 

 

Estúdio Batuta | Monarco canta "Passado da Portela"

     Hildmar Diniz, o Monarco. Velha guarda da Protela. Vídeo Instituto Moreira Salles.



Virais quase engraçados 15.10.2018.

     Vocês já devem ter notado a predominância de vídeos russos e brasileiros. A razão é que estas duas civilizações sãos as que mais postam vídeos antissociais na internet.  

Nem ele se aguenta.







  

Monseñor Oscar Arnulfo Romero, San Romero de América.

     Vivemos um tempo preocupante em que os discursos de extrema direita se alastram no mundo. Europa, Estados Unidos e, agora, até no Brasil. O extremista Bolsonaro está com a faca e o queijo na mão para vencer as eleições presidenciais. A parte sensata do país se choca, mas precisa ficar preparada. Bem, esta semana o Papa Francisco canonizou o arcebispo de San Salvador, Don Oscar Arnulfo Romero. Rotulado pelos animais como "comunista", embora não fosse, Don Oscar Romero foi assassinado por milícias a serviço do governo salvadorenho em 1980, enquanto rezava missa. Pagou caro preço pela intransigente e coerente defesa da paz e dos pobres. Tornou-se mártir. Tendo a crer que, se o Papa atual não fosse o jesuíta Jorge Mario Bergoglio, a memória de Oscar Romero continuaria engavetada. Já postei aqui uma bonita canção do astro panamenho Ruben Blaedes que homenageia Don Oscar Romero, El padre Antonio y su Monaguillo Andrés. Querendo encontrar coisa nova, achei esta canção, muito bonita e recente. Não encontrei maiores informações acerca da autora, Irene Coronado. Mas fica aí o registro. Bela canção. E que a humanidade encontre melhores caminhos. Don Oscar Romero é uma luz. 
 


Romaria, de Renato Teixeira, com Drigo Ribeiro.

     Hoje, 12 de outubro, o Brasil reverencia a sua padroeira, Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Existe o mito de que a imagem da mulher de cor preta com um manto azul teria surgido para pescadores no rio Paraíba no século XVIII. O mito é próximo ao de Nossa Senhora de Guadalupe, do México. Manipulação da igreja? Este é outro papo. Em 1977, Renato Teixeira compôs Romaria, que se tornou sucesso com Elis Regina. A canção, bonita e que toca até quem não é religioso, penetra pelo universo caipira das barrancas do rio Paraíba, dos romeiros em peregrinação à Basílica de Aparecida, e acabou como um verdadeiro hino de devoção à santa. Muita gente gravou mas Elis vicia os ouvidos e é difícil encontrar alguma coisa nova que vale ser mostrada. Neste vídeo, Drigo Ribeiro interpreta Romaria de forma inusual, com uma guitarra steel, horizontal. Ficou muito legal. Este talentoso artista é natural de Cabreúva e mora em Jundiaí, São Paulo.
 


Spirou, défenseur des droits de l’homme

     Criado por Rob-Vel em 1938, o personagem belga Spirou foi eleito pela ONU como o símbolo da defesa dos direitos humanos. 



     Não custa lembrar que, por outro lado, Hergè, o quadrinista também belga criador do Tim Tim, foi acusado de simpatia ao nazismo.
 

O Sol Nascerá, de Cartola, com o Quinteto Samba Aí.

     Simpático este vídeo do grupo Samba Aí. Ontem, 11 de outubro, transcorreu a data de nascimento do compositor carioca e mangueirense Agenor de Oliveira, o Cartola (1908-1980). O grupo Samba Aí, que é do sul, de Florianópolis, Santa Catarina, interpreta O Sol Nascerá de forma bem original, dentro de um botequim. "Efeitos especiais" mostram o rosto de Cartola.

Para cantar em tom bem alegre:

"...a sorrir eu pretendo levar a vida, pois chorando eu vi a mocidade perdida..."




Teaser "Festa de Magia" - Mestre Moa do Katendê

     O baiano mestre Moa do Katendê, capoeirista, compositor, percursionista e difusor da cultura afro-baiana, foi assassinado no último domingo em um boteco em frente ao Dique do Tororó, em Salvador. O assassino, boçal simpatizante das ideias de Jair Bolsonaro, que sequer conhecia o valor de Moa, irritado com a afirmação de Moa de que havia votado no candidato Haddad em primeiro turno das eleições, desferiu-lhe doze facadas. Crime torpe e covarde que prenuncia a intolerância e os maus tempos para o futuro do Brasil se as correntes fascistas vencerem o segundo turno. Este vídeo tem alguns meses e demonstra toda a capacidade de Moa, que era amigo de astros como Caetano Veloso. 

 

     Difícil e não recomendável a quem não se ocupa essencialmente de temas políticos fazer posicionamentos sobre o assunto. Quem fala sobre música, quadrinhos, literatura, etc., e não tem interesses e nem pendores para militâncias, tem leitores potenciais de todas as correntes e, se puder, deve ser, pelo menos, discreto. Mas, para o caso, como passar omisso? Bolsonaro não é um candidato apenas representante "do outro lado". Trata-se de um fanfarrão troglodita e despreparado que não pode assumir as rédeas do Brasil. Entendo estas premissas como básicas e inquestionáveis. Evidente que seria exagero apontá-lo como responsável direto por um crime de bar, como o que vitimou mestre Moa. O motivo poderia ter sido a rivalidade entre Vitória e Bahia, por exemplo. Mas não foi. O comportamento psicótico e insano de Bolsonaro cria sim, ambientes perigosos. Isso é fato. Seu perfil fascistoide está evidenciado no discurso exercido ao longo de sua carreira, fundada no baixo clero do legislativo brasileiro, e que estão disponíveis em vídeos de entrevistas e de fanfarronices de palanque. Basta procurar por menos de dois minutos que é fácil encontrar. Apesar de temer o resultado pós-eleitoral, não patrulho o voto de ninguém, mas não vejo sequer possibilidade de polêmica. Bolsonaro deve ser evitado. Enfim, a campanha feita contra a esquerda nos últimos tempos lançou na massa eleitora o desejo de mudanças, fazendo de Bolsonaro um fenômeno. Jesus nos proteja.
     

Quadrinhos. A Vida Dura de Armando.

     Criação de Altair. A rotina e o cotidiano do publicitário bunda mole e cuzão Armando.


     Esta piada é boa, mas parte do princípio de que só o macho "faz cocô" criminosamente. Nada disso. Já vi muita bonitinha fazer serviço de derrubar os pelos do nariz.

Festival de Choro da Primavera.

     Vale a pena divulgar. Começa hoje na bonita Floripa.



Samba campeão Portela 2019.

      O tema Clara Nunes não poderia ser mais inspirador. Entre os concorrentes havia coisa melhor do que este vencedor. Mas aí está. Não sou chato nessa hora. Tá valendo. 

 

Joyce Cândido. Última Estação.

     Dizer que uma cantora de talento, versatilidade e bom repertório é bonita pode ser irrelevante? Pode, e geralmente é. Mas, no caso de Joyce Cândido, a constatação da beleza é inevitável, impacta. Joyce é paulista mas tem aquela pinta derrubante de pantera mineira. E, afinal, ela tem talento, versatilidade e bom repertório. Cada um que coloque na frente da apreciação o que achar melhor, a beleza e depois as outras qualidades, ou as outras qualidades e depois a beleza. O conjunto faz de Joyce uma artista bastante sedutora. 

 

     Venho notando que muitos artistas preferem gravar seus clipes no Flamengo devido a visão privilegiada da Pedra do Pão de Açúcar.

Portela 2019 - Samir Trindade e Parceria

     Mais um samba concorrente da Portela para 2019. O tema escolhido para este ano é Clara Nunes. A memória da cantora, que será homenageada na Sapucaí, sempre rende coisa boa. Apesar de ser impossível criar algo que não apresente clichês de divindades, a minha crítica recorrente a sambas-enredo, a lembrança de Clara ilumina e ilide o vício. A Portela elegerá seu samba na sexta-feira. 
 


Tresero Renesito Avich.

     Renesito vem de Santigo de Cuba, mas vive nos Estados Unidos. É mestre em tres, o violão cubano de doze cordas. Renesito tem um particular que me chamou a atenção. Multinstrumentista, ele insere outros instrumentos na gravação, sola o tres e sai correndo, sozinho, atrás da própria banda. É habilidoso. 



7-Year-Old Malea Emma’s Stunning Anthem

     Não vai aqui nenhum vira-latismo. O hino americano, Star Spangled Banner, é bonito, melodioso, não tem aquela carinha de marcha militar da maioria dos outros hinos mundo afora. Não tenho a pretensão de dono da verdade para nada mas acho o Star Spangled Banner, musicalmente dizendo, o hino mais bonito do mundo. E difícil de cantar. Tem que soltar o abacaxi. Vejam que show deu esta menininha de sete anos em um jogo da Major League Soccer. A garota Malea Emma é filha de imigrantes indonésios e mora em Los Angeles. Na hora de subir o tom, momento que pode trair muita gente, ela manda ver.