Belliza Luar . A Flor e o Espinho (Nelson Cavaquinho).

     Nelson Cavaquinho, quando vem lá do fundo, interpretado com olhinhos fechados, fica melhor do que de outras maneiras menos sensíveis porque capta a essência. A cantora capixaba (de Niterói) Belliza Luar e seu violão captam bem este detalhe. Mas Nelson sempre disse que, apesar de suas canções serem tristes, ele não era um homem triste. Não. Não era. Nelson era tranquilo. Envelheceu tomando sua cervejinha lá no morro da Mangueira. 

 

Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2018. Curtas.

     Cinquenta e nove curtas-metragens indicados ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. A maioria dos trabalhos trazem temas politicamente corretos e sociais, como anda na moda. Isso não quer dizer falta de qualidade, mas apenas que os fazedores de cultura, como cineastas, escritores e outros, estão deixando de mergulhar na alma humana. Ela é sempre perigosa. 




     E veja também as outras opções no site da premiação.

  

Documentário. al Imam.

     A cantora, pelo menos é esta a profissão que encontro ao pesquisar sobre ela porque nunca havia ouvido falar, Ari Zonneveld, nasceu na Malásia e mora em Los Angeles, Estados Unidos. Auto proclamou-se Imam, sacerdotisa do islamismo. Ocorre que, como todos sabem, o Alcorão e o islamismo proíbem esta atividade para mulheres. Zonneveld argumenta que está lutando por reformas. Nos Estados Unidos até que é fácil. Quero ver na Arábia Saudita ou em qualquer outro local onde o islamismo domina. Enfim, devemos lembrar que Lutero também enfrentou muita resistência quando abandonou seminários para casar e ser ministro cristão marginal ao Vaticano. E também lembrando que a Igreja Católica não aceita mulheres padres. 
 

Alune Wade. Sama Rew.

     Alune Wade é senegalês. Achei bastante interessante. O som de Wade expõe de forma clara as origens de muita coisa na música brasileira. A sonoridade dele tem muito a ver com caras como Gilberto Gil e Jorge Benjor, por exemplo. Não sei, mas parece que ele, pelo ritmo imposto, também bebe alguma coisa do Brasil. Enfim, tudo isso junto e misturado. As coisas são próximas. 

 

Dançarina cubana Lisandra Garcia.

     UUuuuuuuuii...   

     A paisagem, claro, é Cuba. O vídeo não informa em qual praia isso foi gravado. Algum "Cayo" alguma coisa. Que lindo. Dizer o que, meu amigo, minha amiga? Que eu adoro funk?


   
     Site oficial da Lizandrinha Garcia e da escuela de salsa A Lo Cubano.

     A Lo Cubano.

Edgardo Troiano. Balada para un Loco.

     O poema é de Horácio Ferrer mas poucos se lembram porque foi musicado por Astor Piazzolla e este ganha sempre os créditos para a maioria mais desinformada. O grande charme está no poema. É difícil encontrar uma interpretação boa para o tema teatral. Geralmente me deparo com récitas canastronas. Esta, de Edgardo Troiano, está bem razoável. Das melhores que já vi. Digamos que não faz feio.



Virais quase engraçados 25.06.2018.

Lamentável.
Muro das lamentações. Mulher aparece em frente a câmera ao vivo. 

O filho do Neymar. 

El cuerno paralizante (buzina paralisadora) 

México, la selección benta.
   

Semana do Brasil no Cannes Lions. Essa Coca É Fanta.

     Sempre observo o cinema publicitário mas não tenho por hábito repercutir propaganda de produtos que podem ser consumidos no Brasil. Apesar disso, vou mostrar isso. Trata-se do filme da Coca-Cola para o Brasil que promove a latinha que vem com Fanta. A propaganda faturou um Cannes Lions este ano. A frase "essa Coca é Fanta" era, no Brasil, a zoação muito comum contra os gays, até pouco tempo atrás. A brincadeira acabou na contramão do politicamente correto vigente. A Coca-Cola lança o produto com a intenção clara de promover as políticas inclusivas para o grupo LGBT. E, como todo concurso, competição ou festival, como Oscar e Nobel, o Cannes Lions também se rende ao politicamente correto e premia os trabalhos cujo foco são as ideias inclusivas.




    Não me oponho às ideias politicamente corretas e inclusivas. Não seria de muito bom senso assim proceder. O que posso dizer que não me falta é bom senso. Tenho até demais. Mas confesso que não me agrada quando o humor é atacado. E vai nisso também um pouco de bom senso. Hoje em dia não é possível brincar com ninguém que faça parte de um clube protegido por militâncias patrulhadoras. O que está fora disso, Ok, beleza. Ninguém ataca, por exemplo, as brincadeiras com bigolinha de japonês. Mas vá algum desavisado brincar com racismo ou homofobia. É linchado na hora.

    E pergunto: o Habib's vai lançar o quibe que não dá ré e o croquete sem agasalho?
  

Semana Brasil no Cannes Lions. Getty Images. Endless Stories.

     Este ano o Brasil conquistou 101 Leões. Este filme da ALMAPPBDO para a Getty Images fala do 8 de março de 1971. A Luta do Século. Joe Frazier x Muhammad Ali. Um excelente registro documental de um dos mais significativos eventos esportivos do século XX, com reflexos, inclusive, ideológicos e políticos. A presença de Ali convidava a isso. Era gênio que superava o esporte. Era bastante atuante como defensor dos direitos de cidadania da população black. E falava o diabo. Tinha espírito crítico ferino. Sua luta social estava acima de qualquer manipulação, o que, no boxe, nunca podemos garantir. É por isso que o gênio racialmente irresignado de Ali era maior do que o gênio esportivo. .

   

     Para o boxe, vale lembrar que houve ainda a luta com o mesmo gênio Muhammad Ali, contra George Foremam, no Zaire, que foi chamada "the rumble in the jungle", em 1974.

     "Eu não me chamo Cassius Clay. Esse é o nome que os brancos deram à minha família. Eu sou Muhammad Ali." (Muhammad Ali)
  

Copa do Mundo 2018. Os irmãos Lovely & Monty.

     Olha que gracinha. Toda Copa os irmãos Lovely e Monty, indianos que moram em Hamburgo, botam pra quebrar com uma musiquinha homenageando a seleção da Alemanha. Este ano eles estão quase entrando pelo cano porque a Alemanha está uma merda.

     Los hermanos Lovely y Monty. Titelvertteidingung BUNG. BOOM.



The Bernstein Experience.

    Um site essencialmente dedicado ao midiático maestro, compositor e professor Leonard Bernstein. Bastante informação e coisas para ouvir. Bernstein foi o primeiro americano a notabilizar-se em música erudita, embora minha obra preferida seja um musical para a Broadway, West Side Story. 



     Vai aqui um pequeno adendo. Sou cego e surgo para rock. A meia dúzia de abnegados que me acompanha já deve ter percebido porque o assunto é absolutamente ausente por aqui. Sinto muito mesmo. Sei que muita gente aprecia mas, fazer o que, não desce, meu ouvido não aceita. Não tem nada a ver com geração, com reacionarismo. Não sou velho. Tem gente mais velha do que eu que gosta. Cresci no tempo do punk e do hard rock. Tenho amigos seduzidos. Jesus. Eu não chego nem perto. Nem do hard nem do light. É coisa de ouvido mesmo. I'm sorry.

Tune in New York.

     Poderíamos traduzir isso como "Os tons de Nova York". Imagens cotidianas da cidade. Filme de Lucas Willasch. 


Lucy Alves e Elba Ramalho. Xaxado no Chiado.

     Clipe lançado ontem. A brejeirice morena de Lucy Alves e a experiência rítmica de Elba Ramalho. Quando Lucy cai na original doçura paraibana, na sua origem, com sua sanfona, fica bem melhor do que em hits comerciais como este. Opinião minha. Só acho. Mas o artista tem que procurar o mercado, o brilho. E Elba é uma estrela para quem o tempo não passa. O clipe é bem energético.

 

Animação. A Long Way From Home (Um longo Caminho para Casa)

     Esta animação é interessante porque resgata o estilo western, praticamente extinto, bem como agrega Kurosawa, na figura do samurai que é provocado em um saloon. Vale lembrar que a linguagem de Kurosawa para Os Sete Samurais inspirou Hollywood para a produção do clássico Sete Homens e Um Destino. Identifiquei também a linguagem dos closes criada por Sérgio Leone.



Passos de frevo.

     Um detalhe interessante que eu fiquei sabendo recentemente e que, pela aparência, procede mesmo. Alguns historiadores afirmam que o frevo, a dança popular de Pernambuco, foi criado a partir da atracação de navios da Expedição Langsdorff, comandada pelo Barão Georg Heinrich von Langsdorff, em Recife, entre 1774 e 1852. Consta que na mencionada expedição havia dançarinos cossacos que inspiraram a criação do frevo. Observando bem o frevo, alguns passos possuem mesmo a aparência de dança cossaca. Porém, há também historiadores que afirmam que apenas alguns passos foram inspirados em dança cossaca. A grande maioria é autóctone.



E mais um vídeo muito legalzinho. Garotas do grupo Sombrinhas no Ar na Praça Marco Zero, Racife Antigo.


Fotos. Favela Jelousie, Petionville, Port-au-Prince, Haiti.

     A realidade dura de Port-au-Prince. Pobreza insolúvel. Não sei de quem é o trabalho mas é bom e está no Livejournal. As colinas ocupadas acima do bairro de Petionville têm o cenário muito parecido com a Rocinha, no Rio, mas a realidade é muito pior em estrutura social e econômica. O terremoto de 2010 trouxe mais pessoas e fez aumentar ainda mais a carência do espaço.


 

Parte do documentário I Am the Blues - Barbara Lynn.

     Assim como há o filme de Wenders que resgatou a música cubana do Buena Vista Social Club, este documentário de Daniel Cross, feito em 2015, resgata o blues do Delta do Mississippi, o mais autêntico dos Estados Unidos, a terra natal do gênero. Desfilam pelo filme Bobby Rush, Barbara Lynn, Henry Gray, Carol Fran, Little Freddie King, Lazy Lester, Bilbo Walker, Jimmy “Duck” Holmes, RL Boyce, LC Ulmer, Lil’ Buck Sinegal, todos já octogenários. Não vi inteiro, apenas trechos. Este que vai aí é com a dama Barbara Lynn.

    

     Na semana que passou aconteceu o Bentonia Blues Festival, do Blue Front Cafe, em Bentonia, Mississipi, um dos mais autênticos redutos do blues. Ainda não encontrei no Youtube vídeos feitos este ano. Quando encontrar, se tiver qualidade de imagem e som, trago para cá.

Mike Yung . Viral Sensation from NYC. Unchained Melody.

     Mike Yung é cantor de rua. Faz apresentações nas estações do metrô de Nova York. Por ter ganho notoriedade ao viralizar na internet, participou ano passado do America's Got Talent. Tem  um belo vozeirão de soul. Neste vídeo, ele canta Unchained Melody, tema do filme Ghost. Vale lembrar que o filme Ghost tem cenas gravadas no metrô. E Unchained Melody não foi composta para o filme, que é de 1990. É bem mais velha do que isso. Vem dos anos 1950.

 

     Em Nova York é possível encontrar excelentes artistas de rua. Há soul, doo wop e muitos estilos. E também em New Orelans, Louisiana, é possível encontrar o melhor jazz de rua do mundo. Os enterros são do balacobaco. 

Toquinho.

      Ontem vi na coluna do Ancelmo Gois e trouxe para cá a notícia sobre a tal dívida do Toquinho, com penhora dos direitos autorais. Pois bem, hoje o Ancelmo Gois vem com outra nota que eu precisei também trazer para cá. O compositor disse que não reconhece o valor do débito. Seu advogado vai recorrer.

     Piada velha. Bem velha. Dos meus tempos de moleque. Sabem por que o Vinícius caiu? Porque estava bêbado e tropeçou no Toquinho. 
   
     Ok, a relação era de pai e filho. Vinícius era bem mais velho. Deram certo em todos os sentidos, como amigos e parceiros musicais. Vinícius trazia para a MPB sua vivência de literato e Toquinho era o músico da relação, que construía as melodias com seu fantástico violão. Entre muitas composições de bossa genuinamente brasileira, Onde Anda Você é um raro e bonito bolero.

   

   

Kelly Pinheiro e Doce de Coco, de Jacob do Bandolim

     Menina de origem pobre, filha e neta de trabalhadoras domésticas, Kelly Pinheiro, 20 anos, surgiu  como violoncenlista no projeto social Orquestra de Cordas de Grotas, em Niterói. Não tinha com quem ficar enquanto a mãe ia para o trabalho e começou a estudar violoncelo depois da escola. Kelly conseguiu uma bolsa na renomada escola americana de música, a Berklee School of Music, de Boston. Mas, para matricular-se efetivamente, precisa de dinheiro para manter-se nos Estados Unidos. Um concerto beneficente, agendado para o mês de julho, tentará arrecadar fundos. Neste vídeo, ela interpreta o choro Doce de Coco, de Jacob do Bandolim. 

 

     Não custa mostrar o original. Não para comparação, mas para ilustração. Um dos mais conhecidos choros de Jacob.



Toquinho em Bologna. Tarde em Itapoã.

     É, não tá fácil pra ninguém. A justiça da cidade de São Bernardo do Campo, Grande São Paulo, penhorou os direitos autorais de todas as canções de Toquinho, o violonista e compositor parceiro do poetinha Vinícius de Moraes. A restrição é por uma dívida com uma empresa de vidros, segundo li por aí. O advogado da empresa queria também penhorar as bilheterias de shows, mas a justiça não aceitou por considerar estes valores de caráter alimentar. Se penhorar tudo o cara passa fome, né, é este o princípio que norteia a justiça. Ela garante a dívida até o limite do começo dos direitos da dignidade humana. Não sei qual o mérito do processo onde a empresa construiu o crédito pra cima de Toquinho. Ok, então vai aí um vídeo bem recente dele se apresentando na Itália, país que visitou brilhantemente ao lado de Vinícius nas décadas de 60 e 70, e onde deixou muitos admiradores e onde sempre volta com sucesso. Fala muito bem o italiano. Imagino, não sei com certeza, que Toquinho, Antonio Pecci Filho, nascido em São Paulo, conrintiano confesso, deva ter, como eu, inclusive, a cidadania italiana por consanguinidade (descendência).



Animação. A Troca. Annecy 2018,

     Outra animação brasileira para o festival de Annecy 2018. Esta percorre as relações entre os índios e os colonizadores, desde a gênese agressiva dos invasores até a realidade atual de exclusão dos indígenas. Direção Mateus de Paula Santos.

 

Bom dia Rio. Animação para o Festival de Aneccy 2018.

     Bom dia Rio é arte de Simon Cadilhac, Victor Chagniot, Nathan Crabot, Dongsan Kim, Théo Tran NGoc. Trabalho realizado nos estúdios Gobelins.




Official website - Annecy International Animated Film Festival and Market

Zé Paulo Becker e Ney Matogrosso- Incinero.

     Em 1990, Ney lançou álbum antológico com o violonista Raphael Rabello (1962-1995), talento prematuramente falecido. Agora ele vem com esta faixa do CD de outro violonista, Zé Paulo Becker, com participação de Cainã Cavalcante. Lembrei do disco antigo. E com mais de 70 anos, Ney não perde a força.

 


The New York Times. Artigo sobre Machado de Assis.

     Que lindo isso. Machadão nos States. The New York Time traz artigo sobre Machado de Assis e noticia a publicação de contos do "bruxo de Cosme Velho" nos Estados Unidos. Fico feliz. A grandeza literária de Machado merece ser divulgada. Mas tenho a certeza de que não há tradução que resgate a beleza do texto original.





     Só pra lembrar o que pouca gente sabe: o apelido "bruxo de Cosme Velho" vem do poema de Drummond A Um Bruxo com Amor.

Fabiana Cozza. Almanaque do Samba.

     Fabiana Cozza é uma excelente cantora e sambista. Vejam aí. Maravilha. Fabiana estava interpretando dona Ivone Lara no teatro. Pressionada por ser considerada "branca demais", saiu do espetáculo. Por outro lado, e vejam só que curioso, e lembrei disso agora, há um filme, quase pronto ou já rolando por aí, não sei bem, onde o ator e produtor negro Seu Jorge interpreta o líder guerrilheiro dos anos 70, Carlos Marighela. A direção é de Wagner Moura. Marighela era baiano mas era branco, de pai italiano, moreno, mestiço claro, assim como é Fabiana. Mas ninguém falou nada. Ninguém tocou corneta para pressionar o Moura a refazer as cenas com um ator branco. Eu estranhei o Marighela negro, mas fiquei quieto. Não é a questão racial que me incomoda, mas a realidade alterada. Enfim, ator negro interpretando branco pode mas o contrário dá bode. Marighela negão, só no filme do Moura. 

 

Fotos. Favelas de New Delhi e o lixo.

     Isso é assustador. Em favelas de New Delhi, Índia, montanhas de lixo, crianças, vacas, cabritas e etc., tudo junto e misturado. A Índia é muito estranha. O país mais cheio de contrastes do mundo. Um abismo entre a pobreza majoritária e a riqueza. Galeria de um blog russo, Não precisa tradução. As imagens dizem tudo. 



National Cartoonists Society. Reuben Award Winners.

     Um dos mais significativos prêmios da indústria gráfica americana, o Reuben Award, da National Cartoonists Society, foi anunciado esta semana. O nome da premiação é homenagem ao cartunista e presidente honorário do NCS, Rube Goldberg (1883-1970), que tinha o pseudônimo Reuben. Há várias categorias. Abaixo, o trabalho de humor de Pat Byrnes, que publica na classuda e tradicional revista The New Yorker, e que levou a categoria "Gag Cartoon". Clique na imagem e confira os outros ganhadores. 


                  - Seus idiotas! Ele está fugindo!

HENFIL O FILME vence o Cine-PE

     O documentário de Angela Zoé, Henfil o Filme, sobre o cartunista brasileiro genial dos anos 70 e 80, venceu ontem o festival de cinema de Recife, o Cine-PE. O traço solto e contestador de Henrique de Souza Filho (1944-1988), o Henfil, marcou época no humor brasileiro.



Vídeo mostra flagrante de ventania assustando banhistas em Ipanema

      Aaaaaai, meu Deus!



Ai, uuuui, aaaai!!!

Poupa da Bunda. David Batedeira.

     A dancinha do menino baiano, soterolitano de Salvador, David Samuel, o "David Batedeira", vem fazendo sucesso e sendo reconhecido por astros da música como Xanddy e Márcio Victor. David Batedeira tem apenas nove anos, mas é carismático, tem ritmo e demonstra bastante talento. 


Novo blog em desenvolvimento.

     Uma das coisas mais difíceis para um blogueiro é unir o nome do blog à proposta e à linha. Quando criei este "Estilingada", palavra que remete a ataque, a proposta era falar sobre política. A ideia foi logo descartada. Política é necessária à vida humana, mas não quero o papel de falar sobre ela. Não me atrai. Como diria um amigo advogado, assim sendo, enveredei pelos assuntos que me dão mais prazer, como a cultura geral e algum humor, deixando o nome Estilingada completamente fora de tom. Como é difícil mudar, fui levando. Mas agora cansei de ter um blog com nome A falando sobre B. Vou tentar adequar isso. Estou desenvolvendo um novo blog que, em princípio, terá o nome Palpites Afins. Não é cem por cento, parece nome de novela das sete, mas é melhor do que Estilingada para a minha proposta. E cem por cento nunca conseguimos. Tentei várias ideias mas as disponibilidades do Blogger estão cada vez mais limitadas. Enfim, quando tudo estiver pronto, vou fazer a difícil transposição, tentando não perder a meia dúzia de leitores. Tentarei manter o template. Gosto deste, que é leve e simples, o que basta. E, por enquanto, vou estilingando por aqui mesmo. Bom fim de semana.
   

CARLA CASARIM - MADEIRA SEM LEI (Gui Cardoso/Mateus Sartori)

     Carlinha Casarim lança oficialmente o primeiro single, Madeira Sem Lei, dia 5 de junho, em todas as plataformas digitais, Amzon music, Spotify, ITunes, Google Play e Deezer. Essa garota é folda, meu amigo, minha amiga. Ela tem tudo. É a melhor renovação de voz feminina da MPB que rola por aí. Carla tem padrão de Elis e de Cláudia. É menos explosiva, mais delicada, e como talento, voz e ritmo, o padrão é o mesmo. Assino e reconheço firma. Dá gosto compartilhar e promover. A MPB anda meio por baixo, está difícil ver valores de real qualidade. Não temos mais festivais. Carla participou de um desses reality shows de resultado pré-estabelecido. Perdeu. Mas a vitória não teria sido mais proveitosa não. Nem sei quem a venceu. Não acredito nesses programetas como ferramenta de sucesso, como eram os festivais dos anos 60. E a internet degolou os sistemas que comandavam o sucesso, como rádios e gravadoras. O artista tem que sair na unha. 

 

     Vale comentar também a capacidade de escolha de repertório de Carla. Esta canção é ótima e é nova, é de autoria de compositores novos, aspecto da MPB cuja qualidade também anda rara.

Brasil Impossível.

     Curta-metragem de Fabrício Brambatti com imagens do Brasil. Mas, que fique claro, são imagens do "norte" do Brasil. Pará e região amazônica. O filme desce apenas até Salvador. Não há Caxias do Sul, não há Curitiba, não há São Paulo, não há Rio. É preciso lembrar que o Brasil é um país continental que desce milhares de quilômetros abaixo da Amazônia. O sul tem geografia pampaneira, é vizinha do Uruguai e da Argentina. Mas as imagens deste curta são bonitas. Algumas, fortes, com o cotidiano de violência. O tema musical do filme é Tropicália, canção de Caetano Veloso do início da carreira, e ainda Buraco no Céu, de MC Nego Bala, que eu não sei de quem se trata.