St. Petersburg Festival of Lights 2017. Cem anos da revolução comunista.

     A comemoração dos 100 anos da revolução bolchevique, na Rússia, que ocorreu neste começo de novembro, não teve muita aceitação. Putin não dá muita bola para a coisa e as novas gerações da população russa menos ainda. A saudade da União Soviética fica para os mais velhos. Esta comemoração, inserida no evento chamado Festival of Lights, foi curiosa por iluminar exatamente o maior símbolo do czarismo, o Palácio de Inverno, construído por Pedro, o Grande (1672-1725). O edifício serviu de morada dos czares até a queda de Nicolau II (Romanov), em 1917. 

 

        A grande data nacional russa é o Dia da Vitória, que ocorre em maio, quando é comemorada a vitória sobre a Alemanha nazista. Neste dia, o Kremlim exibe seu poder na rua, com exército e armas desfilando. Os cem anos da revolução comunista viraram pó. Mas convém destacar que sem a figura despótica do líder comunista Josef Stalin a Rússia não ganharia nada. A presença carismática e as estratégias dele foram preponderantes.

     Vale sempre lembrar que São Petersburgo era a charmosa capital czarista e centro de luz de todo o fantástico fenômeno cultural e artístico do século XIX, na literatura e na música. Era ali que viviam Dostoiésky, Tchekov, Tchaikovsky e etc.

     E, se, por um lado, o comunismo matou as riquíssimas expressões artísticas, por outro, levou a Rússia a construir um império cuja riqueza o país aproveita até hoje. Houve tempos duros, guerra e perseguições que os mais jovens não viveram. Apenas se aproveitam do sangue do passado. 
  

Nenhum comentário: