Propaganda internacional. American Academy of Dermatology.

Gordinho sexy da Academia Americana de Dermatologia. Campanha contra o câncer de pele.



Flip 2016.

     Hoje tem início a Flip, Feira Literária Internacional de Paraty. Confira o site oficial, os convidados e a programação, que homenageará a poeta Ana Cristina Cesar (1952-1983).



Gonzaguinha e Gonzagão em livro de Gonzaguinha.

    Louise Margaret Martins, a Lalete, viúva do compositor Gonzaguinha, anuncia que antes de falecer, em 1991, ele deixou pronto um livro sobre o pai, Luiz Gonzaga, o Gonzagão. Nele, Gonzaguinha entrevista vários amigos do pai. O livro tem previsão de lançamento para 2017 e terá o nome “Minha vida é andar por este país”. O nome é uma alusão clara à canção de Gonzagão composta em parceria com Hervè Cordovil, Vida de viajante, que foi gravada originalmente em 1953. No áudio abaixo, a gravação de Gonzagão e Gonzaguinha, feita no início da década de 80.

     E eu sempre gosto de lembrar porque acho a história dos dois muito bonita. Gonzagão casou com a mãe de Gonzaguinha quando ela já estava grávida de outro homem. Ela morreu muito cedo, deixando Gonzaguinha ainda bebê. Mas Gonzagão assumiu a criança totalmente. Porém, artista famoso e sempre viajando, não podia cuidar do menino e o deixou no morro de São Carlos, Rio de Janeiro, com o casal de amigos Dina e Xavier. Gonzagão provia materialmente tudo, roupas, escola, etc., mas era pessoalmente distante, o que deixou abalada a relação entre pai e filho. No morro, o menino absorveu o universo do samba e da MPB. A relação dos dois veio a resolver-se razoavelmente apenas quando Gonzaguinha já estava adulto, maduro e igualmente famoso. A história também está no filme Gonzaga, de Pai Pra Filho (Breno Silveira, 2012).




Certa vez um repórter perguntou a Gonzagão:
- O que o senhor acha das canções de seu filho?
- Não é ruim, mas o diacho deu de ser comunista.

Ecco, zio Mariano, il gondoliere cantante di Venezia.

     ♪ ♫ ♪ ♫ Lá, lá lá lá, lalaralálááá...


Thiago Kobe. Com a Perna no Mundo.

     Muito legal isso. Com a Perna no Mundo, a minha música preferida do Gonzaguinha, aquela em que ele fala da mãe de criação, a Dina, interpretada apenas com pandeiro pelo percusionista Thiago Kobe. 



Prêmio da Música Brasileira. Instrumental. Hamilton de Holanda.

     Hamilton de Holanda recebeu o Prêmio da Música Brasileira. O reconhecimento como Melhor Solista do ano veio pelo projeto Pelo Brasil. Assista o doc do projeto solo, interativo e multimídia que viajou durante dois anos por 17 estados brasileiros! 



Propaganda internacional. KLM.

     Boeing 777 da cia. aérea holandesa KLM recebe pintura personalizada "orange". 



Os melhores do Brasil. Vencedores do 27º Prêmio da Música Brasileira.

     Em cerimônia no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, foram anunciados ontem os vencedores do Prêmio da Música Brasileira. O homenageado da noite foi o compositor Gonzaguinha (1945-1991). Destaco a cantora Simone Mazzer, que venceu a categoria Revelação, o que quer dizer renovação. E o site oficial ainda não está atualizado, mas clique na foto abaixo e veja o resultado no Globo.



Ludovico Einaudi toca nas geleiras do Ártico para o GreenpeaceItaly.

     Na geleira Wahlenbergbreen, Ilhas Svalbard, Noruega, o pianista italiano Ludovico Einaudi executa a sua nova composição "Elegia para o Ártico". Bonita música, bonitas imagens, bonita defesa da natureza. 



Passeio pela bateria da Portela na Marquês de Sapucaí.

     Brazilian percution show. Carnival in Rio. O início do desfile da Portela na Sapucaí, em 2016. Bateria Tabajara do Samba. 




     Pra quem quiser relembrar ou conferir. Uma hora de vídeo.


Propaganda internacional. Faça amor, não terror.

     Make love, not scares é a ONG indiana que luta contra a venda de ácido e pela defesa das mulheres atacadas com o produto. Com profunda e milenar cultura chauvinista, a Índia é um dos piores países do mundo em políticas públicas de defesa das mulheres. É nação onde realmente existe a cultura do vilipêndio à mulher. Os filmes são protagonizados por Reshma, garota atacada por familiares em 2014. 



Make Love Not Scares

Lago d'Iseo. Passarelas de Christo e Jeanne-Claude.

     Inauguradas esta semana as passarelas sobre a água em Sulzano, Lago d'Iseo, Itália. A instalação é do casal de artistas Christo e Jeanne-Claude.



Fundación Jorge Luis Borges.

     Na última terça, 14, fez trinta anos que faleceu o escritor argentino Jorge Luis Borges. 

     Um detalhe interessante da biografia de Borges, obviamente entre muitos outros, é o fato de ele nunca ter vencido o Nobel de Literatura. Borges é um escritor de brilho superior. É admirado e citado por muitos intelectuais de peso. Mas foi ignorado pelo Nobel. Alguns dizem que a rejeição partiu de um comentário publicado na imprensa argentina, ainda na década de 1930, por um Borges ainda pouco conhecido, falando mal do prêmio dado ao teatrólogo americano Eugene O'Neill. Outros afirmam que o desprezo ocorreu por Borges ter apoiado a ditadura militar. Enfim, ganhou o Nobel é gênio? Nem sempre. O Nobel faz julgamentos morais, ou pior, retalhadores, que estão abaixo do brilho intelectual e artístico do nomeado. E daí surgem na história da conceituada premiação os imerecidos e os esquecidos.

     Clique na foto para conhecer o site oficial da Fundación Jorge Luís Borges, localizada em Buenos Aires e presidida pela viúva María Kodama. 





Roberto Pla & his Latin Ensemble.

     O percussionista e timbaleiro colombiano Roberto Pla nasceu em Barranquilla em 1947. Saiu de sua cidade natal na década de 60, ainda jovem, e já passou por Bogotá e Nova York. Vive na Inglaterra desde o fim da década de 70. É conhecido como o "Godfather" da música latina no Reino Unido. 




Germano Mathias. Samba da Periferia.

     O sambista paulistano Germano Mathias recebeu homenagem, semana passada, na Assembleia Legislativa de São Paulo, a ALESP. Ele foi agraciado com o Prêmio Anchieta de Personalidade da Língua Portuguesa. Cheio de ritmo sincopado próprio, Germano é um genuíno representante do samba de São Paulo.




     Com oitenta e dois anos anos, Germano andou levando alguns tombos, quebrou o braço e, infelizmente, não consegue mais mais tocar a sua famosa e personalíssima latinha de graxa, com a qual ele se acompanhava.

International Opera Awards 2016. Mariella Devia.

     Em 16 de maio o International Opera Awards 2016 anunciou seus vencedores. A soprano italiana Mariella Devia venceu como a melhor cantora. 


Faz Parte do Meu Show. Hiroko Takashi.

     Achei ótima esta interpretação de Faz Parte do Meu Show, a bossa nova do menino do baixo Leblon, Cazuza. A intérprete é Hiroko Takashi, do Japão. Modestamente, Hiroko identifica-se em seu site como uma simples dona de casa e se diz admiradora da música brasileira. Mas ela canta muito bem, domina a batida da bossa no violão e pronuncia muito bem as palavras em português, o que não é fácil para os estrangeiros.




Hiroko Takashi Site

Eline Porto. Estrada do Sol.

Além de atriz de TV com participação em novelas e séries, a bela morena  Eline Porto, fluminense de Niterói, também canta. Escolhi este clipe para postar porque ele vem com a canção Estrada do Sol, uma das parcerias que a compositora Dolores Duran (1930-1959) fez com Tom Jobim no final dos anos 1950. Originalmente, a canção fez muito sucesso com Agostinho dos Santos, cantor brasileiro que faleceu em acidente com o avião da VARIG no aeroporto de Orly, em Paris, em julho de 1973. O piano é de David Rosemblit.


Cuban music. Quarteto Santiaguero. Amor Silvestre.

     O Quarteto Santiaguero tem presença constante em uma das casas mais tradicionais da música cubana, a Casa de la Trova, da cidade de Santiago de Cuba. No clipe Amor Silvestre eles utilizam a sensualidade que a música cubana sempre teve e sempre terá em seu próprio espírito, independentemente do regime que comande a ilha. 



Fotojornalismo. Sandra Hoyn. Prostíbulo de Kandapara, Bangladesh.

     A fotógrafa alemã Sandra Hoyn, profissional com vários trabalhos na área social em seu currículo e recentemente premiada pela revista LensCulture, vai até o prostíbulo de Kandapara, em Tangail, Bangladesh, e exibe para o Ocidente a realidade chocante. Meninas menores de idade e mulheres que dizem ser melhor viver ali do que junto de um marido agressor. Galeria Bigpicture.ru.



International Trombone Festival 2016.

     Apresentação em frente ao David Geffen Hall, no Lincoln Center, em Nova York.




Finalista de prêmio de 15 anos da Mills Records. Julião Boêmio.

     Vale difundir pela qualidade. A gravadora Mills Records, que está fazendo quinze anos, resolveu valorizar seus artistas com um prêmio de incentivo. Vou falar aqui, ao longo da semana, e rapidamente, sobre alguns finalistas anunciados ontem. O primeiro deles que destaco é o cavaquinhista paranaense Julião Boêmio. Neste vídeo ele executa o choro Carioquinha, de Waldir Azevedo (1923-1980). Bonita apresentação. Da metade pra frente destacam-se outros instrumentos, especialmente a flauta, demonstrando todo o poder rítmico e sedutor do choro.


Rat Rod. Cherry Rat & Os Gatunos Official Clip.

Eu pensava que o estilo rockabilly estava já meio fora de contexto, mas o grupo Os Gatunos me diz que não. 



Cenas do Brasil. VLT do Rio inaugurado com samba.

     Ziriguidum ôi... ô isquindô isquindô...

     Pois é, o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) foi inaugurado ontem no Rio. A linha inicial funcionará do Centro até o Aeroporto Santos Dumont, passando pela orla portuária. Espera-se que a cidade do Rio de Janeiro não faça do VLT apenas um aspecto isolado de turismo pra inglês ver. A estrutura precisa ser valorizada, respeitada e sobretudo ampliada. Os VLTs são muito comuns na Europa e refletem moderna tendência de transporte de massa. E, na inauguração, não poderia faltar o samba, que rolou com Marquinhos de Oswaldo Cruz, ligado à Escola Portela.




O Beijo no Aasfalto, O Musical.

     Como admirador do teatrólogo Nelson Rodrigues (1912-1980), apreciei a iniciativa. Não vi mas aprovo. E fico imaginando o que Nelson pensaria. A sua tragédia carioca O Beijo no Asfalto se transforma em... musical. A peça, escrita há 55 anos, retrata o drama de Arandir, o sujeito que beija um estranho atropelado moribundo e arruma problemas sérios com a mulher e com todos os que se relacionam com ele. No espetáculo recente, as canções, que Nelson Rodrigues jamais imaginou, são de Cláudio Lins.




O Beijo no Asfalto O Musical Site Oficial.

     E por falar em Nelson Rodrigues, vale citar um trechinho do livro de memórias de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, todo poderoso da Rede Globo de Televisão nos anos 60/70 e 80, que é muito mais interessante do que o livro das fofoquinhas politiqueiras de FHC.

     "Nelson Rodrigues era amicíssimo do Walter Clark e escreveu para nós uma novela, O desconhecido, que deveria ser gravada no Rio. Ele já havia feito antes A morta sem espelho. Suas novelas nunca fizeram muito sucesso. Um dia, ele me fez uma confissão curiosa: – Eu não posso escrever esse negócio. Eu conto tudo o que está acontecendo e, na novela, quem quer escrever a história é quem está em casa. Não é o capítulo que interessa, mas o que as pessoas pensam que vai acontecer no dia seguinte. Não sei fazer isso."

Humor. Tchó e Béppi, dois colono italiano.

     ♪ ♫ ♪ ♫ colono sim, baúco non, nóis falemo um poco erado, assim meio atrapaiado, má buro non semo non ♪ ♫ ♪ ♫


Simone Mazzer. Camisa Listrada.

     Simone Mazzer é candidata a cantora revelação do Prêmio de Música Brasileira. E a canção Camisa Listrada, do baiano Assis Valente (1911-1958), foi sucesso de Carmem Miranda e da paulistaníssima Isaurinha Garcia, que a cantava com seu sotaque peculiar. Simone faz outra leitura, interpretando-a quase como um blues trágico. Talvez mais ao gosto do próprio Assis, que possuía personalidade depressiva. 



     Só lembrando, e sempre gosto de lembrar: Assis Valente compunha para Carmem Miranda. Em 1940, durante uma das voltas da cantora ao Brasil, Assis deu-lhe o samba Brasil Pandeiro. Carmem teria dito: "Assis, isso não presta, você ficou borocoxô". Dizem que, magoado, ele tentou o suicídio, pulando do morro do Corcovado. Mas ficou preso entre as árvores e saiu ileso, salvo pelos bombeiros. Carmem negou a ofensa. Assis tinha natureza depressiva e complicada. No fim da década de 50, e já por outros motivos, tomou guaraná com formicida e morreu em um banco da praia do Russel.

Cenas do Brasil. Caminho Aéreo do Pão de Açúcar.

     Sempre dentro da proposta de falar do que gosto, vai aí uma curiosidade. O site da empresa Caminho Aéreo do Pão de Açúcar, que administra os cabos do teleférico famoso no mundo inteiro e que dá acesso aos morros da Urca e Pão de Açúcar (Sugarloaf). Inaugurado em 1912, o serviço já tem 114 anos e passou por remodelação nos anos 70, quando foram trocados os bondinhos vermelhos de ferro pelos atuais, maiores, feitos de acrílico e policarbonato, materiais utilizados na aviação. O teleférico do Pão de Açúcar já serviu de cenário para um filme de James Bond dos tempos de Roger Moore. 



Documentário. China, os filhos da Prisão.

     Filme documentário de curta-metragem do The Guardian que retrata a realidade cotidiana de três adolescentes cujo pai vai para a prisão na China. Sem ter com quem ficar, eles são lançados à tutela do estado e ficam em uma instituição. Segundo as legendas, o pai deles teria matado uma criança "acidentalmente". O peso da culpa nas costas do homem é pungente. No Brasil, matar acidentalmente tem o nome de homicídio culposo. Como sabemos, é uma espécie de crime que, devido a lentidão e frouxidão do sistema, acaba quase impune. Achei bem interessante o filme e dedico especialmente para brasileiros, sempre muito acostumados ao sambalelê da impunidade.




     E fica também aqui a pergunta: como é que a China, um país tão populoso, o mais populoso da terra, e com leis tão rígidas, não tem o mesmo número de população prisional que os Estados Unidos? A China tem três ou quatro vezes a população dos Estados Unidos, sistema legal carniceiro e draconiano, mas tem menos da metade de prisioneiros. A resposta talvez encontre-se no padrão moral ditado pela cultura.