O grupo Ordinaruis, a baía de Guanabara e a canção Linda Flor.

     Já postei sobre o Ordinaruis aqui mais de uma vez. Gosto do trabalho que desenvolvem. Quando ouço, eu inevitavelmente me lembro dos argentinos do Buenos Aires Ocho, grupo vocal que fez muito sucesso nos anos 70 e 80. A qualidade do trabalho de vozes é a mesma, evidentemente com a devida transposição de estilos musicais, já que o Ordinarius canta especialmente canções brasileiras. E se é para comparar, há ainda os portugueses do Madredeus. Mas comparações têm valor relativo. São apenas lembranças dos meus ouvidos. O Ordinarius, grupo brasileiro, tem estilo bem próprio. É ótimo. Como eles são cariocas, nada melhor do que a baía de Guanabara para servir de paisagem de clipe. E o samba-canção Linda Flor (Ai Yô Yô) tem melodia de Henrique Vogeler composta no fim da década de 1920 que ganhou algumas versões de letras nos anos seguintes. Foi gravada por muita gente mas a gravação que registro como a mais marcante é a de Dalva de Oliveira, dos anos 1950, no auge da era do rádio. Enfim, vai aí o Ordinarius. Bom conjunto de vozes, uma canção bonita e um cenário lindo.


Candice Hoyes. Heaven

     Candice Hoyes é uma revelação rara. Tem voz e postura comparáveis às melhores divas do jazz. A canção Heaven é de Duke Ellington.


Propaganda. Bruce McLaren e Mônaco.

Em 22 de junho de 1966, Bruce McLaren venceu o GP de Mônaco com chassi que levava seu próprio nome, inaugurando a trajetória gloriosa da marca. Este fim de semana, 50 anos depois, a McLaren lá estará novamente. Mas o carro da McLaren, nos últimos anos, vem apresentando apenas beleza. 




Bruce McLaren morreu em 1970, aos 32 anos, em acidente na pista de Goodwood, Inglaterra. 

Billboard. Os três artistas mais influentes do Brasil. E Amalia Trinidad canta Jobim.

     Segundo a revista Billboard, os três artistas mais influentes do Brasil são Tom Jobim, Caetano Veloso e Tim Maia. O resultado foi aferido através de votação por outros artistas. Como toda eleição, há quem concorde e quem discorde. Quanto a Tom Jobim, não creio que possa haver alguma controvérsia. Era "o cara" mesmo. Mas quanto a Caetano e Tim Maia, é possível, sim, dizer que há outros do mesmo nível. Veja aqui a matéria da Billboard.

     E falando em Tom Jobim, achei esta interpetação de Insensatez (How Insensitive) muito xuxuzinha. A cantora Amalia Trinidad é de Quito, Equador. Jobim é daquelas personalidades eternas que não possuem fronteiras.




Juliane Spina e Grupo Ginga na Gafieira. Aquarela do Brasil, de Ary Barroso.

     Isso não morre NUNCA. A letra de Ary é ruim mas a melodia e o ritmo são eternos e não cansam. Apesar de ser um samba, dá para tocar esta melodia simples mas genial da forma que bem se entende, pode ser fox, maxixe, choro, jazz, improvisos e o escambau que ela não perde o brilho. O Grupo Ginga na Gafieira e a cantora Juliane Spina a executam como gafieira, o estilo de samba de salão, de batida sincopada, que utiliza metais, e o resultado ficou ótimo. Além de tudo, esta radiante melodia funciona como o hino oficioso do Brasil, é deliciosamente reconhecida no mundo inteiro logo nos primeiros acordes e frases, e faz qualquer bom brasileiro sentir-se orgulhoso ao ouvi-la.




     E se a letra é sempre muito malhada e tradicionalmente reconhecida como ruim por utilizar expressões como "Brasil brasileiro" e "coqueiro que dá coco", ou palavras como "insoneiro" e  "merencória", não pode ser ignorado o fato de que, dentro do espírito geral da canção, a letra ajuda a  levantar a bola da brasilidade. Sem rigores, é possível apreciá-la. Enfim, grande Ary. Eterno Ary.

Propaganda. Clarinetes Henri Selmer Paris.

      Os clarinetes Henri Selmer Paris são utilizados por muitos músicos de renome. Os band leaders Benny Goodman (1909-1986) e Artie Shaw (1910-2004) utilizavam clarientes Henri Selmer Paris. Muito bacana este vídeo promocional com a meninada tocando.




Benny Goodman:



Gladys Herrera. Solo Te Pido Un Beso.

     Vai aí um material bastante simpático que eu achei. A cantora cubana Gladys Herrera, ou La Señorita Gladys, e o sucesso que vem agradando nas rádios de Havana. Gladys, como muitos cubanos, não mora em Cuba, mas em Las Vegas, Estados Unidos. Solo Te Pido Un Beso tem ritmo múltiplo que varia do pop latino a algo que me parece uma guaracha. A confirmar. A letra é interessante e o arranjo tem muito sabor. E Gladys é bastante sexy.




Blues from Mississippi. McKinney Williams.

No mesmo padrão de Boo Boo Davis e Jimmy Duck Holmes, McKinney Williams representa o melhor blues de raiz dos Estados Unidos. Originalíssimo.


Jazz Francês. Quel Temps Fait-il à Paris (atualizado)

     A simpática e saborosa melodia de Quel Temps Fait-il à Paris foi composta por Alain Romans (1905-1988) para o filme As Férias do Senhor Hulot (Les Vacances de Monsieur Hulot, Jacques Tati, 1953). Roman, autor de mais de uma dezena de boas trilhas de cinema, comporia ainda para Tati, junto com Franck Barcellini, os temas para Meu Tio (Mon Oncle, 1958). Quel Temps Fait-il à Paris ganhou letra depois do filme, composta por Henri Contet, e foi gravada de forma completa pela cantora Lucienne Delyle. Mas o que eu gosto mesmo é da melodia de Romans. É uma pena que este vídeo postado no Youtube não faça nenhuma indicação de quem sejam estes artistas. Gosto da melodia de Romans mas também gostei bastante desta interpretação cantada.



Para quem quiser conferir, vai aí a melodia no original, como aparece no filme de Tati.

Atualização: E o que é bem interessante aí, além da melodia cheia de personalidade? Que o arranjo prevê que os instrumentos toquem cada um uma frase melódica. Notem que o trompete, o piano, a guitarra e o xilfone se alternam na mesma melodia.


Retratos da Leitura no Brasil 2016.

     O Instituto Pró-Livro postou hoje em seu site oficial a última pesquisa Retratos da Leitura no Brasil. Não é muito alvissareira. Os resultados são óbvios. O brasileiro, de forma geral, lê pouco e não gosta de ler. O Sul lê mais e os jovens leem menos. A internet, que leva a boçalidade a todos com a velocidade de um raio e o poder de um tornado, agrava esta realidade. 




     Nem todo aquele que possui um celular é imbecil, mas todo imbecil possui um celular.

     Há até acadêmicos que alertam para o fim dos tempos da literatura escrita. O último talento a postergar para a humanidade um livro de grande fôlego talvez tenha sido Gabo, que perde para Cervantes e Shakespeare, bichos extintos. Claro que cito apenas o último e os dois que considero maiores. E se é inexorável o futuro eletrônico, fico aqui imaginando que espécie de arte sofisticada poderá sair dele, se sair. Até o presente momento, não vislumbro nada que possa merecer atenção.

Fotojornalismo. Venezuela. Armários vazios.

     Fotos de Carlos Garcia Rawlins para a Agência Reuters mostram a situação de famílias na Venezuela, que encontram cada vez mais dificuldades no setor de abastecimento. No embate entre o governo utópico, centralizador e com manias despóticas, contra a oligarquia que dominou por séculos a economia pobre em recursos, dominada preponderantemente pelo petróleo, quem leva a pior é a população média e pobre. O governo de Maduro dá com uma mão e toma com a outra. E os velhos oligarcas não merecem sequer lembrança.



JJA Jazz Award 2016.

A Jazz Journalists Association (JJA) anunciou a lista dos vencedores do JJA Jazz Award 2016. Os cantores Gregory Porter e Cecile McLorin Salvant e a arranjadora Maria Schneider repetiram a glória do ano passado. Tenho especial admiração pela voz e estilo de Cecile.



Arisa. Voce.

     Clipe da cantora italiana Arisa para a Fondazione Francesca Rava realizado no Haiti. A fundação Francesca Rava auxilia crianças em situação de risco na Itália e no mundo. O tema tem intenções nobres e a música é bonita. 



Curta-metragem. Arma dei Carabinieri. Como funciona a máfia.

   Vou penetrar em um tema espinhoso, difícil e um pouco fora do meu padrão habitual do blog, mas como se trata sobretudo de cinema e de um assunto que eu gosto e sempre acompanho, então acho válido.

     A Arma dei Carabinieri, a polícia italiana, produziu este curta-metragem institucional para explicar como funciona a mentalidade mafiosa. O rapaz inocente, sem qualquer vínculo mafioso, sonha abrir um bar. Quando materializa o sonho, passa a ser observado, intimidado e ameaçado para pagar taxas e colaborar. Titubeia e é ferozmente agredido. O filme encoraja a denúncia e demonstra que é fácil fazê-la.

     Ok. O filme é bonito, mostra a força institucional e os esforços recorrentes do governo italiano no combate à máfia, mas a história, um tanto ingênua, retrata apenas meia verdade. As vítimas inocentes existem mas não são tão comuns. E denunciar não é fácil não. Ocorrem ameaças a pais, mães e irmãos. A vítima em foco fica desesperada. Vale ainda mencionar, especialmente, que, no cenário corriqueiro e preponderante, os jovens de cidades onde sistemas mafiosos imperam geralmente estão plenamente absorvidos pela cultura do crime organizado desde muito cedo. O pai já é mafioso, o irmão é mafioso e o jovem acaba mafioso. Seja por dificuldade de opção e escolha, ou seja até mesmo por berço. As próprias mães se incumbem, muitas vezes, de incutir a cultura mafiosa. A realidade é socialmente bem mais profunda do que o filme tenta mostrar. Combater a máfia orientando inocentes a denunciá-la é aspecto válido mas é somente um tentáculo de um polvo gigantesco. O trabalho da polícia, infelizmente, é quase como cortar erva daninha. O sistema sempre se revigora. O filme é falado em italiano, evidentemente, mas o roteiro é bem claro e não há dificuldades no entendimento.




Leny Andrade no Birdland.

     A diva brasileira Leny Andrade no Birdland Jazz Club, em Nova York, quinta-feira, 12. Grande sucesso. Teve de mandar a plateia para casa de tantos "bis" que pediram no fim do show. 




O Cannes Film Festival e a piada de Laurent Laffite sobre Woody Allen.

     De 11 a 22 de maio acontece o Cannes Film Festival. Merece nota até o momento a piada feita pelo mestre de cerimônias da abertura, Laurent Lafitte, sobre Woody Allen: "é ótimo que você produza muitos filmes na Europa, mesmo que você não esteja sendo acusado de estupro nos Estados Unidos". A, hehe, sei lá, "piada", aborda a biografia doméstica pouco lisonjeira de Woody e a de Roman Polanski. Passaria em branco perante a plateia europeia mas corou o pudor politicamente correto da imprensa americana. Alguns disseram que estupro é um tema tão sério que não merece nem piada. Ora, que exagero. Depende da piada. O próprio Woody, vítima da alfinetada pública, disse que não viu mal nenhum, que não se importa e que jamais censuraria. Clique na foto e acesse o site oficial do festival.


Mega estrelas americanas roubando a cena em Cannes (foto V. HACHE / AFP ). 

     Soon Yi Previn, a enteada, pivô da encrenca entre o diretor e sua ex-mulher Mia Farrow, vive com Woody Allen até hoje. Deve ser o casamento mais longo dele. E a adolescente que se envolveu com Polanski nos anos 70 já disse publicamente que gostou. Mas o chato pudor americano sempre coloca fogo na brasa.

     E o filho homem de Woody com Mia ela diz que não é dele. O Ricardão foi Sinatra. Hehehe.

Echojazz 2016. Hamilton de Holanda.

O bandolinista Hamilton de Holanda venceu o Echojazz 2016, na Alemanha, na categoria "Instrumentalist des Jahres Besondere Instrumente" (instrumentista do ano em instrumentos especiais). 




Moda de Viola. Grupo Viola Divina. Cabelo de Trança.

Não existe música "sertaneja". O que existe é música caipira, a moda de viola, que teve início no interior de São Paulo, entre Sorocaba e Piracicaba, ainda na virada dos séculos XIX e XX. O gênero sertanejo corno veio depois. A canção Cabelo de Trança é um sucesso da dupla Tonico e Tinoco, reis da moda de viola no rádio, com auge nas décadas de 40 e 50. A viola caipira é um instrumento magnífico, que chora a alma do interior. Neste vídeo recente, o Grupo Viola Divina, capitaneado por Daniel da Viola, de São José dos Campos, São Paulo. O cenário bonito é de algum ponto da Serra da Mantiqueira.




Woody Allen e Vince Giordano and The Nighthawks.

     O diretor Woody Allen abre hoje o festival de Cannes com o filme Cafe Society. Na era em que o cinema anda medíocre e recheado de aventuras infantis, Allen continua como uma das mais interessantes personalidades do cinema. Seus filmes, além do conteúdo rico em finas ironias, tem ainda como marca registrada os temas musicais fincados no melhor do melhor do jazz. Descobri muita coisa boa com os filmes de Allen. As trilhas são o primeiro aspecto que pesquiso quando anunciado algum lançamento dele. Cafe Society é ambientado na década de 1930. Para interpretar a maioria das músicas da trilha, Allen convocou Vince Giordano, um band leader de Nova York que faz do passado o seu jogo fundamental. Neste vídeo, Vince, multiintrumentista, é o da tuba e do baixo, no alto, à direita, que canta e comanda a orquestra The Nighthawks.




Curta-metragem. Eyes Wide Open.

Imagens do cotidiano do distrito de Gaibandha, Bangladesh. 



Propaganda internacional. Chase Bank, Papai fadinha.

     Para identificar-se com sua filha, um pai extremado é capaz de tudo.




Clementino. Quando Sono Lontano (atualizado).

O rapp vem ganhando cada vez mais força no cenário musical da cidade de Nápoles. É uma pena, já que a música pop napolitana é a mais rica da Itália. O rapp é ruim como música, mas é manifestação de revolta. Como a cidade de Nápoles é pobre e problemática, o seu desenvolvimento junto à juventude napolitana tem lógica. E o rapp cresceu e já enfrenta os esbirros da Camorra e a cultura que ela impõe, o que é outra premissa lógica. O rapper Clementino, que disputou o último festival de Sanremo e ficou em 7º lugar, vinha sendo ameaçado a colaborar e trabalhar com os produtores ligados "alla gente d'onore". Não há indicações diretas de envolvimento camorrista, mas é óbvio que ninguém toma este tipo de atitude de graça. Se não há informações sobre o envolvimento direto, a atitude é típica. Os serviços de inteligência da Polizia di Stato, órgão especializado no combate às clãs do crime organizado, uma doença italiana profunda, agiu rapidamente e meteu in galera (prisão) os ameaçadores. E Clementino, conhecido por suas letras de protesto, inclusive contra a Camorra, está vivendo sob proteção, sem poder sair de casa.





50 anos da Vanguard Jazz Orchestra.

Em 1966, o trompetista Thad Jones desligou-se da orquestra de Count Basie. Junto com o baterista Mel Lewis formou a sua própria orquestra no Village Vanguard, em Nova York, inaugurando as famosas noites de segunda-feira. O balanço fantástico adquirido como herança veio na sacola. Em 2016, a Vanguard Jazz Orchestra completa 50 anos. Clique na foto, acesse o site oficial, saiba mais sobre a orquestra e ouça uma canjinha de lambuja.



Flashmob de salsa em Cracóvia, Polônia.

     Promoção do I Am Cuban All Stars, festival que ocorrerá em Corfu, na Grécia.

     Uma amiga cubana uma vez tentou me ensinar a dançar salsa. Perdeu tempo. Desistiu e saiu me chamando de "farola" (poste). Gosto da música, faria a percussão com congas e timbales, se ensaiasse, mas para dançar não tenho remelexo nem salsalelê nas cadeiras. 



Briana Thomas. In a Mellow Tone.

     Canção de Duke Ellington e Milt Gabler cantada a capella. Brianna é uma das melhores revelações do jazz que eu vi nos últimos tempos. 



Pauline Croze e Mario Broder. Manhã de Carnaval.

     Muito bonita esta interpretação a capella, em francês e português, de Manhã de Carnaval, a canção de Luiz Bonfá e Antônio Maria que faz parte da trilha do filme Orfeu Negro, direção Marcel Camus, Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1959. Clipe gravado no Rio de Janeiro. Vale lembrar que o premiado filme de Camus foi adaptado da peça de Vinicius de Moraes, Orfeu da Conceição, baseada esta no mito grego de Orfeu e Eurídice. A trilha do filme, que tem ainda, entre outras canções menos conhecidas, A Felicidade, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, ajudou a internacionalizar a bossa nova. Manhã de Carnaval foi interpretada originalmente por Agostinho dos Santos (1932-1973). Broder, conhecido por ser o vocalista do grupo Farofa Carioca, tem voz agradável, cuja afinação nos remete à lembrança de Agostinho.


Cinema. Trailer de São Sebastião do Rio de Janeiro.

     Interessante. A Ancine anuncia para o dia 26 de maio o lançamento de São Sebastião do Rio de Janeiro, o documentário que pretende "explicar" o Rio de Janeiro, suas significações léxicas, como a palavra carioca, e a cultura da cidade em geral, através de depoimentos de moradores ilustres e acadêmicos. Produção Bang Filmes, direção Juliana de Carvalho.




     Sempre que eu falo do Rio de Janeiro eu lembro desse detalhe. O escritor Machado de Assis (1839-1908) foi um dos cariocas mais interessantes da história. Jamais viajou, jamais deixou o Rio. E ambientou na cidade quase todos os seus romances, utilizando-a como cenário. Lembro-me de uma exceção, O Alienista, em que ele fala de Itaguaí. De todo modo, não foi longe. Mas é curioso que pouco falou sobre o Rio diretamente. Um dos únicos textos está nesta crônica da série intitulada Bons Dias.

     Vi não me lembra onde... 

     É meu costume; quando não tenho que fazer em casa, ir por esse mundo de Cristo, se assim se pode chamar à cidade de São Sebastião, matar o tempo. Não conheço melhor ofício, mormente se a gente se mete por bairros excêntricos; um homem, uma tabuleta, qualquer coisa basta a entreter o espírito, e a gente volta para casa "lesta e aguda", como se dizia em não sei que comédia antiga. 

Leia mais. Machado de Assis. 21 de janeiro de 1889. Bons Dias

Propaganda. NYPD.

A polícia de Nova York, que andou fazendo algumas cacas que mexeram com o botijão de gás sem tampa que é a questão racial nos Estados Unidos, como a morte de Eric Garner, que acendeu uma tocha perigosa, coloca vídeo no canal do Youtube mostrando suas boas ações e camaradagens simpáticas. Narração do ator Tom Selleck. 



Propaganda. P&G. Tank you, Mom.

     A P&G, gigante da indústria de produtos de higiene e limpeza, lançou este filme para as Olimpíadas e também para o dia das mães. Já fez outros filmes com o mesmo tema, a importância da mãe para o atleta. Não existe tema mais universal do que mãe. 




Alana Moraes e Luciano Maia. Nunca.

     Alana Mores e o gaiteiro Luciano Maia interpretam Nunca, de Lupicínio Rodrigues. Devido as canções universais e a dor de cotovelo que iam além das fronteiras do Rio Grande do Sul, às vezes esquecemos que Lupicínio era gaúcho. Mas ele era. Sempre viveu em Porto Alegre. Esta interpretação, especialmente devido a presença da gaita, parece que leva Lupicínio de volta ao Mercado Público de Porto Alegre, ao bar Naval e às margens do Jacuí. Lupicínio, até onde eu conheço da obra dele, nunca se referiu aos costumes tradicionalistas gaúchos. Talvez porque fosse negro. Por isso, achei fantástica essa "gauchagem", mas que não retira a alma dolorida da canção, que é o carimbo indissociável de Lupicínio. Muito linda mesmo.