Fotos. São Paulo.

     Visão da cidade de São Paulo através da lente do fotógrafo italiano Luca Meola. A beleza e a violência da Nova York dos trópicos. E vale sempre destacar que o complexo conglomerado urbano de São Paulo, repleto de contrastes, onde recursos de primeiro mundo convivem com a realidade do terceiro, é um dos maiores do planeta, perdendo apenas para a Cidade do México, Tóquio e Bombaim. São Paulo, levado em conta o tamanho, deixa a prima rica americana muito para trás.


Consultoria

Grupo Batutas do Coreto. Os Boêmios, de Anacleto de Medeiros.

     Vídeo da hora e da boca do formo. Estúdio 185. Música instrumental brasileira de primeira categoria. Grupo Os Batutas do Coreto interpretam a composição Os Boêmios, de Anacleto de Medeiros (1866-1907). Os Boêmios é música do tempo das bandinhas de coreto, que eram muito comuns até a primeira metade do século XX. O ritmo é muito gostoso. O arranjo é de 1938, elaborado por... tacharããã... Pixinguinha. 




Alireza Pakdel, vencedor do 43º Salão Internacional de Humor de Piracicaba.

     Com obra que suscita reflexões acerca do problema dos imigrantes e refugiados, o iraniano Alireza Pakdel é o vencedor do 43º Salão Internacional de Humor de Piracicaba, SP, a melhor e mais tradicional mostra competitiva de humor gráfico do Brasil.



Para quem quiser saber mais:

Salão Internacional de Humor de Piracicaba

RPS Music Awards 2016. Daniil Trifonov.

     O russo Daniil Trifonov foi o vencedor de 2016 na categoria instrumentista do RPS Music Awards, prêmio da Royal Philharmonic

     Fantasia para piano em dó menor, opus 80, Beethoven:




RPS Music Awards

Trio Fabrika. Katyusha.

     Rússia. Três beldades e uma canção. Composta durante a 2ª Guerra Mundial, a letra de Katyusha, diminutivo de Katia (Katiazinha ou Katinha) fala da garota que espera à beira do rio pelo namorado que está no front.


Carinhoso. Jazz Sinfônica na BBC.

     Vale bastante a pena divulgar isso. Seja pela ponta de orgulho que brilha em mim, seja pela qualidade dos instrumentistas ou pela melodia. Para promover a apresentação agendada para o Royal Albert Hall, alguns integrantes da orquestra paulista Jazz Sinfônica foram esta semana aos estúdios da BBC e tocaram Carinhoso, de Pixinguinha (1897-1973). Ao contrário do habitualmente verificado, o ritmo imposto foi o do choro básico e tradicional. O trompete é de Sidmar Vieira.



     Aproveitando, acrescento. A melhor gravação de Carinhoso que eu conheço é a de Márcio Montarroyos (1948-2007), feita nos anos 70 para uma novela da Globo. Com algumas cascatas de notas muito bem derramadas, o ritmo é mais lento, lírico e carregado de emoção. 



     A melodia de Carinhoso é linda e magnificamente simples. Dá para fazer de tudo com ela e tudo fica bem com ela.

Por que a Academia Brasileira de Letras insiste em nomear não escritores como imortais?

     O texto de Antonio Carlos Sechin, ensaísta e membro da Academia Brasileira de Letras, publicado ontem no Estadão, explana as razões da nomeação de não escritores como imortais da ABL, os chamados notáveis. Mas o que é um notável? A expressão tem sentido bem geral. Há idiotas notáveis por aí. O entendimento, à falta de gente melhor, posto a decadência da boa literatura, permite que doutrinadores e burocratas vistam o fardão, como, por exemplo, os políticos e os membros da elite do judiciário. Não tenho apreço por isso. Bem, academias e prêmios são clubes cujo valor é relativo. Carlos Drummond de Andrade nunca se candidatou à ABL, como o próprio Sechin reconhece.

Trailer. L'Odyssée, biografia de Jacques Cousteaus.

     Divulgado esta semana o trailer de L'Odysée, filme que mostra a vida do oceanógrafo e documentarista francês Jacques Cousteau. Estreia na Europa em outubro. Para o Brasil, não consegui encontrar informações. Enfim, Cousteau tinha como habilidade fundamental fazer bons filmes sobre sua relação com o mar. Só por isso, já vale como grande personalidade. Mas dizem ainda que tem seus méritos como cientista. Dizem ter sido ele o primeiro a afirmar que os golfinhos possuem um sonar. 



O Oscar brasileiro.

     Engana-se quem pensa que o Brasil nunca ganhou um Oscar. Em 1966, o violonista brasileiro Laurindo de Almeida, que já estava radicado nos Estados Unidos desde 1947, ganhou o prêmio da Academia de Hollywood pelo fundo musical desta animação. Considerado um dos precursores da bossa nova, mas sempre pouco valorizado no Brasil, Laurindo ganhou também Grammys e gravou com muitas feras do Jazz. Morreu em Los Angeles em 1995 e seu acervo, desprezado por aqui, foi doado para a California State University.


                                     

Pífanos, o som do sertão. Banda Fulô da Chica Boa.

     Pífanos são flautins cuja origem remonta à idade média, na Europa, mas com forte presença na cultura popular do Nordeste do Brasil, onde são feitos, geralmente, de bambu. Há centenas, talvez milhares, de bandas de pífanos. Da imensa região sertaneja até o litoral. A maioria das bandinhas é bem tosca e simples e vale mesmo pela tradição. Mas a Fulô da Chica Boa, de Maceió, Alagoas, é uma das melhores que eu já vi porque mescla o som tradicional com a sofisticação de melodias mais bem trabalhadas. Os membros da banda são funcionários da Universidade Federal de Alagoas e ela foi idealizada e formada nos anos 80.



Gabo agora virou bufunfa na Colômbia

     O governo da Colômbia iniciou, dias atrás, a circulação da nota de 50 mil pesos com a imagem de Gabriel García Márquez. Gabo agora é tutu, cascalho, "billete", como eles dizem lá.

R.I.P. Toots Thielemans.

     Não gosto de elegias, mas essa não dá pra deixar pra lá. Eu adorava o cara. Toots Thielemans morre aos 94. Belga radicado nos Estados Unidos, enquanto pode sempre veio ao Brasil e gravou com quase todos os grandes nomes da MPB. As gravações com Elis, por exemplo, são fantásticas.

     Obviamente que ele gravou muita coisa. É dele a gravação do tema de Midnight Cowboy, embora o nome não apareça nos créditos, bem como gravou com quase todos os grandes do jazz. Mas vamos a uma demonstração clara do espírito de brasilidade que a música de Toots possuía. Em 1986, Toots fez um show com Sivuca no Chiko's Bar, Rio de Janeiro, encontro de dois grandes que ficou para a antologia da música instrumental brasileira. Este vídeo foi retirado do show que muito mais tarde acabou em DVD. A imagem não é lá essas coisas mas o áudio é razoável. Toots e Sivuca no auge da genialidade.



Índia. Sunchine Orchestra.

     A música indiana tem muitos conceitos e formas diferenciados da música ocidental; mas, pelo menos para mim, tem um som bastante atraente. Vale lembrar que os Beatles também gostavam e estabeleceram amizade com o citarista Ravi Shankar (1920-2012). Bem, a Sunchine Orchestra é formada por jovens do KM Music Conservatory, de Chenai, estado de Tamil Nadu, Índia. O mecenas é o compositor A.R. Rahman, que ficou mundialmente conhecido pelo tema Jai Ho, de Quem Quer Ser Um Milionário. A música executada neste vídeo é Narumugaiye, tema criado por Rahman para o filme Iruvar, da década de 90. 




Trilhas Sonoras: Aquarius e Chico Artista Brasileiro.

     De Queen a Reginaldo Rossi, de Villa Lobos a Taiguara, a trilha sonora do filme Aquarius é um passeio sentimental pela vida de Clara, jornalista especializada em música, a personagem vivida pela atriz Sonia Braga. Clique para ouvir no Spotify!

       O selo Biscoito Fino dá um presentaço e disponibiliza no Youtube a trilha sonora do filme Chico Artista Brasileiro, documentário sobre Chico Buarque de Holanda, realizado em 2013 por Miguel Faria Jr. A trilha com canções conhecidas de Chico tem a participação de Ney Matogrosso (As vitrines), Adriana Calcanhotto e Martnália (Biscate), Péricles (Estação Derradeira), Moyseis Marques (Mambembe), Laila Garin (Uma canção desnaturada), Mônica Salmaso (Mar e Lua), e a portuguesa Carminho em Sabiá e em dueto com Milton Nascimento (Sobre todas as coisas). Clique na imagem para acessar a playlist. Playlist do Youtube. Chico Artista Brasileiro.
  

Samba concorrente da Beija-Flor para 2017.

     Está plenamente aberta a temporada de inscrição de sambas-enredo(*) para 2017 nas respectivas escolas. A Beija-Flor de Nilópolis levará o tema Iracema, A Virgem dos Lábios de Mel, e os sambas, consequentemente, deverão compreender o universo do romance homônimo de José de Alencar (1829-1877). A história do livro gira em torno da paixão proibida entre o português Martim e a índia Iracema, cuja virgindade era prometida a divindade religiosa. O samba que vai aí já é um dos inscritos e vem sendo elogiado por quem entende do assunto.




(*) Antes que alguém pense besteira e me "acorreja": o plural de samba-enredo pode ser sambas-enredos ou sambas-enredo. As duas opções são corretas. Eu prefiro a segunda.

Novo logo.

     Alterei o logo. As coisas na vida sempre enjoam e carecem de mudanças, de novos ares. Mas não precisa enfiar o pé na jaca não. Pequenas alterações bastam. Nunca dei muita bola para template de blog. Acho que o que conta de verdade é o conteúdo. Basta um pouco de criatividade com as próprias ferramentas do blogger, saindo dos modelos básicos e feios, que a página fica atraente. E sempre repetindo: blogs ainda são a melhor e mais completa ferramenta de expressão para amadores da internet. Redes sociais são problemáticas, cheias de egocentrismos, besteiras e sem personalidade. Gostaria também de alterar a cor da fonte do título da postagem para preto. Combinaria melhor com o logo. Mas o meu modelo não permite a troca. Então, deixa assim mesmo. Não está ruim. Combinar tudo fica parecendo aquele cara enjoado que penteia o cabelo com brilhantina e usa sapato marrom com cinto marrom.

Álbum Tem Sanfona no Choro, de Marcelo Caldi, no Spotify.

     Não costumo postar gravações do Spotify, mas abro esta exceção devido a qualidade. Quem puder e quiser, entre com o Facebook, estrovenga horrível que serve para pouca coisa. Trata-se do álbum do acordeonista Marcelo Caldi dedicado ao choro. A sanfona, um dos instrumentos mais universais que existem, cai lindamente bem no choro, com ritmo e sabor mais encorpados do que a delicadeza do bandolim ou da flauta, os outros instrumentos mais cotados para solos do gênero. Grandes mestres geniais brasileiros como Sivuca e Luiz Gonzaga foram, antes de tudo, excepcionais chorões.




Canção Se Ligaê. Sérgio Mendes com Baby do Brasil e Rogério Flausino.

     Este clipe traz Sérgio Mendes, Baby do Brasil e Rogério Flausino com a canção Se Ligaê. Baby, apenas para chover um pouco no molhado, é a ex-integrante dos Novos Baianos, grupo que surgiu nos anos 70 lançando toda uma geração, como Moraes Moreira e Pepeu Gomes. Flausino, sinceramente, não sei de quem se trata. Não digo que é ruim, apenas não conheço. Mas Sérgio Mendes tem um degrau a mais de história na MPB . Foi para os Estados Unidos nos anos 60 e até hoje mora em Los Angeles. Seus sucessos, especialmente o álbum Brasil 66, e especialmente a canção Mais Que Nada, ajudaram a difundir a música brasileira. Mais Que Nada, de Jorge Ben Jor, na interpretação de Sérgio Mendes, tem um componente interessante e raro: a canção foi sucesso nos Estados Unidos no próprio idioma português. O clipe Se Ligaê, lançado esta semana, traz Sérgio Mendes de volta ao Brasil e à paisagem carioca. Foi gravado no heliponto do topo da torre Rio Sul, em Botafogo.




Ouça no Spotify (entre com o Facebook): Mais Que Nada, do álbum Brasil 66. Sergio Mendes e o grupo de Herb Alpert.

Alana Moraes. Doce de Coco.

     São muito bonitos os clipes que a cantora gaúcha Alana Moraes grava com acordeonistas convidados. Sempre acompanho os lançamentos dela no Youtube. Devido a presença dos "gaiteiros", as gravações têm uma bela roupagem sulista. Neste que aí vai ela canta Doce de Coco, de Jacob do Bandolim, com Samuca do Acordeon. 

     E vale sempre lembrar que letras em choros clássicos são polêmicas. Sempre inseridas muito tempo depois de criadas as melodias, nem sempre ficam bem. Mas a letra de Hermínio Bello de Carvalho para Doce de Coco pegou bem. É bonita e não foge da proposta da melodia. Ele tentou ainda outras letras pra cima de Jacob mas a crítica não foi estimuladora.




Samba de Aurora. Tradição, de Geraldo Filme.

     Há um vereador sendo criticado por pretender retirar o nome do ator Grande Otelo do sambódromo de São Paulo. Nem sei quem é o tal vereador mas acho a troca coerente. Grande Otelo (1915-1993) não era paulistano, era mineiro de Uberlândia radicado no Rio e, o mais importante, não era sambista. Já há um teatro com o nome dele em São Paulo, o que é apropriado. O nome cogitado para a troca é o de Adoniran Barbosa, pseudônimo de João Rubinatto. Mas há quem mereça mais, como Geraldo Filme, Pato n'Água e Nenê de Vila Matilde, nomes que viveram intensamente o universo das escolas de samba através da Vai-Vai e da Nenê de Vila Matilde. Adoniran, apesar do apelo que suas composições possuem com a identidade paulistana, era alheio a isso.

      Falo muito sobre o Rio de Janeiro, gosto do Rio de Janeiro, mas sou paulista. Achei muito charmoso esse trio de vocais chamado Samba de Aurora. Elas se apresentam sempre no Espaço Maquinaria, na rua Treze de Maio, no Bixiga.Tradição é de autoria do sambista paulista Geraldo Filme (1928-1995).



Ateliê Enzo Bonafè.

     Classe masculina. Filme promocional mostrando o funcionamento do ateliê Enzo Bonafè, em Bologna. Sapatos feitos à mão. 

 

Luciano Magno. Chorinho pro Dominguinhos.

     Todo instrumentista brasileiro completo passa pelo choro. Atenção, vou repetir porque é importante: TODO instrumentista brasileiro completo passa pelo choro. 

     O guitarrista pernambucano Luciano Magno apresenta sua nova composição homenageando o sanfoneiro e compositor Dominguinhos (1941-2013).



Logo 2017 da Portela.

     A escola Portela divulgou o logotipo para 2017. A partir de 22 de agosto começa a receber os sambas concorrentes. Clique no desenho e conheça um pouco da escola através do site oficial.



     Em 1970 Paulinho da Viola havia composto Sei Lá Mangueira e acabou desenvolvendo uma certa ciumeira dentro da Portela, a sua escola de origem. Para minorar o impacto e recuperar o moral, Paulinho compôs a pequena obra-prima Foi Um Rio Que Passou Em Minha Vida que, naquele ano, não era o samba da Portela a ser cantado na avenida, mas foi cantado na concentração e na dispersão e tornou-se clássico da MPB. Agora, quarenta e seis anos depois, entra novamente na avenida, embora de forma oblíqua, apenas como tema.

     Foi Um Rio Que Passou Em Minha Vida é o mais bonito samba-enredo de todos os tempos e que nunca foi samba-enredo. 

Novo clipe de Issac Delgado e Alexander Abreu.

     Balanço aí é mato. Dois grandes da nova música cubana. 



Euclides da Cunha. A Última Visita.

     Na crônica A Última Visita, o escritor Euclides da Cunha fotografa com literatura os últimos momentos do amigo Machado de Assis, em 1908. O autor de Os Sertões enxerga que o gênio de Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas e outras obras, deixava a existência com menos efemérides e elegias do que merecia. 

     "De um modo geral, não se compreendia que uma vida que tanto viveu as outras vidas, assimilando-as através de análises sutilíssimas para no-las transfigurar e ampliar, aformoseadas em sínteses radiosas -, que uma vida de tal porte desaparecesse no meio de tamanha indiferença, num círculo limitadíssimo de corações amigos. Um escritor da estatura de Machado de Assis só devera extinguir-se dentro de uma grande e nobilitadora comoção nacional."

     Para quem quiser, a crônica está no site do Ministério da Educação e Cultura dedicado a Machado. Recomendo. É curtinha. Arquivo PDF. A Última Visita.

Ginga. A.R. Rahman e Anna Beatriz.

   O compositor indiano A. R. Rahman e a canção Ginga, tema do filme Pelé A Birth of a Legend. Canta com ele a brasileira Anna Beatriz. Rahman é o compositor de Jai Ho, a bonita trilha de Quem Quer Ser Um Milionário. Pelé A Birth of a Legend já estreou nos Estados Unidos mas ainda não tem data marcada para o Brasil. Pelé é um ídolo e um gênio que ninguém contesta, mas este filme, assim como a biografia de Lula, não parece convencer. Registro a música de Rahman, que eu gosto. 




Jai Ho:


Trailer. Francofonia - Louvre Sob Ocupação.

     Vale a pena divulgar. Dia 18 de agosto estreia nos cinemas do Brasil o filme Francofonia - Louvre Sob ocupação. Trata-se da história de Jacques Jaujard, o diretor do Louvre que conseguiu habilmente negociar com os nazistas durante a ocupação da França, protegendo o rico acervo do museu e transferindo grande parte para a Suíça. A direção é do russo Aleksander Sokurov.


Trailer. Web série de Woody Allen para a Amazon.

     A Amazon divulgou o trailer da nova série escrita e dirigida por Woody Allen, que estreia em setembro, em streaming. O enredo gira em torno de uma família de classe média durante os conturbados anos 60. No elenco, além de Woody Allen, Miley Cirus e outros. Woody Allen é sempre garantia, ou, no mínimo, esperança de humor inteligente.



Cenas do Brasil. Toxic Guanabara, The Sad Bay.

     Faz muito tempo que a imagem do Rio de Janeiro é passada para o exterior através da paisagem da chamada Zona Sul, com Ipanema, Arpoador e Copacabana, e com som de bossa nova. Isso já se transformou em um clichê meio borocoxô. A cidade é muito mais. É gigantesca. Uma metrópole com dez milhões de habitantes. Com a Olimpíada, alguns aproveitam a oportunidade para demonstrar como a riqueza natural da cidade, a Baía de Guanabara, está sofrendo com o desrespeito da população e das autoridades. É o caso do biólogo Mario Moscatelli. Neste primeiro episódio da web série Toxic Guanabara, chamado The Sad Bay (a baía triste), ele dá o recado e mostra a situação aterradora da ignorância, da incompetência e da falta de investimentos.



     Vale ressaltar que o problema sanitário do Brasil não é geral. Há exceções. A minha cidade, Campinas, Estado de São Paulo, por exemplo, tem quase cem por cento de esgoto tratado.

     Não é preciso ser técnico em sanitarismo para saber que políticas para uma cidade limpa possuem dois vetores fundamentais: a educação da população, com a separação e a coleta do lixo reciclável, e o investimento em estações de tratamento. Mas o Rio está em situação econômica lamentável. Mal paga seus servidores. Vai investir o quê?

     Quem quiser, vá até a página Toxic Guanabara. Lá está o episódio 2. Toxic Guanabara  

Propaganda. Alitalia.

Este filme da Alitalia divulga a nova postura de marketing da empresa para mercados fortes como Brasil, Japão e Estados Unidos. O fundo musical é Volare (nel blu di pinto di blu), o mega sucesso dos anos 60 de Domenico Modugno, gravado por inúmeros artistas e lembrado até hoje.




     Sábado, 6 de agosto, fez vinte e dois anos que faleceu Domenico Modugno. Ele morreu em 1994, na ilha sicilianana de Lampedusa, hoje conhecida devido o fenômeno dos imigrantes. 
 

Sinfonia nº 3, de Beethoven, a melhor de todos os tempos.

     A BBC Music Magazine consultou maestros do mundo todo que elegeram a Sinfonia nº 3, Heroica, de Beethoven, como a melhor de todos os tempos. Beethoven a compôs em 1803 e a dedicou a Napoleão, mas mudou de ideia ao saber que o general francês havia se declarado imperador.

Berliner Philharmoniker. Regência Simon Rattle. 


 
 

Empire State Building Light Show. Aniversário de 90 anos de Tony Bennett.

Bonitas imagens. As luzes dançam com a música.  




     Aí está uma espécie de post que deve ser apreciado, de preferência, com um bom monitor, em formato full screen. Celulares, para este tipo de divulgação, são medíocres. Não há espetáculo possível em uma telinha de 4 polegadas. Em certos momentos tenho vontade de atirar o meu da ponte da Freguesia do Ó. 

Roberto Saviano. La Paranza dei Bambini. Adda Murì Mammà.

     O escritor Roberto Saviano lançará em dezembro seu novo livro, Adda Murì Mammà. Em dialeto napolitano, isso quer dizer "quero que minha mãe morra se eu estou mentindo". Saviano vem novamente com seu assunto natural, a Camorra, a máfia napolitana. O escritor nasceu e cresceu no subúrbio de Nápoles e canta sua aldeia. E canta bem. A obra a ser lançada é de ficção, diferente de seus livros anteriores, que traziam o estilo new journalism americano, mesclando narrativa ficcional sobre fatos reais com narrativa documental. Adda Murì Mammà cria personagens fictícios e conta sobre a nova face da Camorra, feita de jovens.

     Depois de longo namoro com a opinião pública italiana, Saviano enfrenta críticas, especialmente após a série de TV inspirada em Gomorra, quando muitos italianos comuns passaram a engrossar o caldo crítico, afirmando que a série serve de incentivo negativo aos jovens, que os personagens são glamourosos, e também que Saviano ganha dinheiro com o assunto sem apoiar nenhum projeto social. São, evidentemente, críticas rasteiras de redes sociais, que nada avaliam sobre a literatura. E não concordo com elas. A série é ótima e não incentiva ninguém. Quem é mafioso é, quem não é, não será devido a série que se tornará. Quanto ao glamour, ele não existe. A série traz uma visão noir. E investir em projeto social combate a máfia mas não acaba com ela. Nada acaba com ela. A cultura mafiosa tem, sim, a carência social como um dos lastros fundamentais, mas não apenas isso. Trata-se de um processo histórico complexo. 

     O la Repubblica traz um trecho do livro novo. A literatura de Saviano, mesmo como ficção, continua boa, sedutora e moderna. Clique na imagem e confira. Em italiano.



     Devido o recorrente tema expondo o modo de vida da Camorra, Saviano conseguiu ficar mal com todos, com a opinião pública e com a Camorra. Ameaçado, vive em local incerto.

     E vale lembrar que sua bandeira atual na imprensa e nas redes sociais é a legalização da maconha.

Trailer de 82 Minutos, documentário sobre a Portela.

     O Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela, ou simplesmente Portela, promoverá no próximo dia 12 de agosto, às 20 horas, em sua sede de Madureira, a pré-estreia de 82 Minutos, documentário de Nelson Hoineff. O filme mostra os ensaios, as discussões e a ansiedade dos preparativos para o desfile de 2015. Já exibido em vários festivais, inclusive Cannes.



Mariachis Nuevo Tecalitlán em estúdio de gravação.

     Por que os Mariachis têm um charme musical único e especial? Porque eles possuem grandes trompetistas e cantores excepcionais. O estilo dos braços abertos leva o tom lá pra cima. A fera que vai aí é Steeven Sandoval.



Cartherine Russel. Harlem on My Mind.

     A cantora Catherine Russel lançará em setembro o álbum Harlem on My Mind pelo selo Jazz Village, trabalho que resgata o melhor do jazz do Harlem, como os compositores Benny Carter, Irving Berlin e Fats Waller. Jazz de primeira grandeza, original e sem frescuras. Confira.




Aniversário do Napoli.

     Hoje a Società Sportiva Calcio Napoli completa 90 anos. O time tem altos e baixos. Já teve Maradona e Careca, depois caiu para divisão inferior e hoje está novamente em bom momento. A torcida (tifosi) é a mais fanática da Itália.